da BBC Brasil- Com alegria e cautela, o sargento Shane Ortega recebeu a notícia, há uma semana, de que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos tem planos de acabar com o veto a transexuais no Exército americano.Ortega, apontado como o primeiro soldado abertamente transexual nos EUA, há anos advoga pelo fim da política discriminatória, que força os militares a abandonar sua carreira por viver de acordo com sua identidade de gênero.Na última década, Ortega foi enviado duas vezes ao Iraque e uma vez ao Afeganistão – as duas primeiras como mulher e a terceira como homem, o gênero com o qual ele se identifica.Em 2011, o Exército americano revogou a política do “Don’t Ask, Don’t Tell” (não pergunte, não responda), que impedia a presença de homossexuais declarados nas tropas do país. Mas os transexuais ficaram de fora da medida e, até hoje, podem ser dispensados por considerar-se que eles podem sofrer de transtornos psicológicos.Ortega, que atualmente trabalha como líder de uma equipe de helicópteros na 25ª Divisão de Infantaria do Exército no Havaí, diz que teve sorte – já que, apesar de ele ter iniciado sua transição para se tornar um homem em 2011, seus superiores nunca questionaram sua habilidade em servir as Forças Armadas.