A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo pediu hoje (28) ao Ministério da Saúde que a vacinação contra a gripe, programada para começar em 30 de abril, seja antecipada no estado em razão do número elevado de contaminações.
Segundo a secretaria, até o último dia 22, foram notificados 324 casos de gripe grave, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, no estado. Desse total, 260 foram relacionados ao vírus Influenza A H1N1. Dos 42 óbitos registrados, 38 foram atribuídos à gripe A H1N1. Em 2015, foram 342 casos de gripe grave notificados em todo o estado, 190 relacionados ao subtipo A H3N2.
Em nota distribuída à imprensa, o ministério informou que manteve a previsão de início da vacinação no dia 30 de abril e que o cronograma depende do laboratório produtor da vacina, o Instituto Butantan. “A campanha é realizada neste período porque o imunobiológico só é entregue pelo laboratório produtor nos meses que antecedem o inverno. No entanto, o Ministério da Saúde autorizou o estado de São Paulo a utilizar os lotes da vacina de 2015 para regiões em que a circulação do vírus da influenza iniciou mais cedo”, diz o texto da nota.
Segundo o ministério, a vacina do ano passado, no entanto, protege apenas contra a gripe A H1N1, pois houve a troca, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de duas cepas da composição da vacina. “O Ministério da Saúde esclarece que, mesmo as pessoas que tomarem a vacina agora, devem voltar na campanha para se vacinar novamente e, assim, ficar protegido contra os dois outros tipos de vírus: H3N2 e Influenza B”.
De acordo com o ministério, até 19 de março, foram registrados 305 casos de gripe grave por Influenza A H1N1 em todo o Brasil e 46 óbitos. A Região Sudeste concentra o maior número de casos (266), sendo 260 no estado de São Paulo. Outros estados que registraram casos neste ano são Santa Catarina (14); Bahia (10); Pernambuco (5); Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal, cada um com três casos; Mato Grosso (2); e um caso no Pará, Ceará, Paraná e Mato Grosso do Sul.
O Ministério da Saúde reforça que, além da vacinação, a população deve adotar medidas de prevenção para evitar a infecção por influenza, como lavar sempre as mãos e evitar locais com aglomeração de pessoas.