Delcídio do Amaral Gomes era o líder do governo no Senado quando foi preso no dia 25 de novembro  de 2015 por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato, que investiga a corrupção da Petrobras. Foi solto em 19 de fevereiro deste ano, após fazer uma delação premiada, quando desfiliou-se do PT e acusou dezenas de políticos, empresários, funcionários públicos e lobistas. Mas Delcídio nunca mais retomou as funções parlamentares e perdeu o mandato por quebra de decoro nesta terça-feira (10).
Com o voto sim de 74 senadores, Delcídio foi o terceiro senador cassado em tempos de democracia. A primeira vez foi em 28 de junho de 2000, quando, após uma sessão fechada de quatro horas de duração, a cassação de Luiz Estevão (PMDB-DF) foi aprovada pelo Plenário em votação secreta.
Luiz Estevão não resistiu ao processo por quebra de decoro parlamentar depois de ser acusado de desvio de verba pública na construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. A fraude gerou a CPI do Judiciário, que demonstrou o desvio de mais de R$ 150 milhões dos cofres públicos.
O segundo senador cassado foi Demóstenes Torres (sem partido-GO). Então senador pelo DEM, Demóstenes foi pego em gravações da Polícia Federal, que investigava o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A cassação foi aprovado com o voto de 56 parlamentares. Outros 19 foram contrários e foram registradas cinco abstenções.
Agência Senado