O aumento no trânsito de viajantes pode resultar em algo nada desejado: percevejos de cama, ou bed bug. Se no passado esses pequenos insetos eram encontrados, principalmente, em ambientes de pouca limpeza, hoje eles correm o mundo em malas e roupas. Com a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, alerta como identificar a ocorrência desses insetos. O IB é um dos poucos institutos de pesquisa no Brasil que se dedica a estudar a praga e realiza o monitoramento dos percevejos de cama por meio de um questionário online, que pode ser respondido no site http://www.biologico.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=181
O percevejo de cama é considerado uma praga reemergente no Brasil. Sua ocorrência era comum na década de 1960, principalmente, em pequenas estalagens, onde os viajantes passavam a noite, e em residências mais pobres. Na década de 1990, a ocorrência se restringia a albergues de pessoas de rua, favelas e prisões e estava, geralmente, associada aos ambientes de pouca limpeza. 
Com o passar dos anos, os percevejos de cama voltaram a ser registrados em vários países devido à proibição desses inseticidas clorados por moléculas menos tóxicas ao homem e ao ambiente e as novas tecnologias de aplicação.
Grandes eventos como os Jogos Olímpicos Rio 2016 podem facilitar o fluxo dos percevejos, daí a importância dos viajantes e hotéis estarem preparados para lidar com a praga. Segundo a pesquisadora do IB, os percevejos de cama podem ser levados junto com roupas ou bagagens e há a possibilidade de um hóspede infestar um apartamento de hotel, caso ele traga o inseto. 
O Instituto Biológico monitorou, por meio de questionário, a ocorrência de percevejos de cama antes e depois da Copa do Mundo 2014 e não registrou aumento nos casos.