Celebrado no dia 11 de outubro, o Dia Mundial da Obesidade foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) há 19 anos com o intuito de conscientizar e mobilizar a população para o combate à doença. Segundo a instituição internacional, a obesidade é hoje uma epidemia mundial que acomete mais de 600 milhões de adultos e 41 milhões de crianças menores de cinco anos.
Publicada em agosto de 2015, a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela o mais recente e completo diagnóstico da população do país. Um dos resultados que mais chamou a atenção de profissionais da medicina e associações de classe é que mais da metade dos cidadãos está acima do peso. Mais da metade (56,9%) das pessoas com mais de 18 anos têm um índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25, ou seja, estão com excesso de peso. De acordo com o estudo, 20,8% dos brasileiros podem ser classificados como obesos, por possuírem um IMC acima de 30.
De acordo com Luiz Henrique Mestieri, endoscopista membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), os números são alarmantes porque a obesidade é um dos fatores de risco mais significativos para doenças crônicas não transmissíveis. As DCNTs são doenças multifatoriais que se desenvolvem ao longo da vida e são de longa duração. Segundo a OMS, elas são responsáveis por 63% das mortes do mundo e as de maior impacto para a saúde pública são: câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas. A pressão alta, por exemplo, foi constatada em 22,3% dos entrevistados.
Mestieri explica que independente do tipo de tratamento, somente uma real mudança de hábitos pode livrar o paciente do excesso de peso e um dos métodos mais eficazes para isso é o implante de balão intragástrico.