Quando a terceira idade chega, o que usualmente os brasileiros mais esperam é finalmente conseguirem aproveitar melhor o tempo livre e, em alguns casos, ir às compras acaba se tornando a atividade de lazer preferida dos idosos. Será que o mercado está preparado para atender às necessidades desse público? Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o país mostra que 67% dos idosos são os únicos decisores sobre as compras que fazem, mas três em cada dez (34%) afirmam sentir falta de produtos para a terceira idade.
Entre estes produtos e serviços, os mais citados pelos entrevistados são o celular com teclado e telas maiores (13%), locais para diversão (12%) e roupas (11%). Com relação às roupas, 17% concordam que é difícil comprar, uma vez que encontram peças ou para pessoas muito idosas ou muito jovens. E não são somente os produtos que os idosos têm reclamações. Sobre as empresas e pontos de venda, também há melhorias que precisam ser feitas para 70% dos entrevistados, sendo um bom atendimento (37%), rótulos mais fáceis de serem lidos (34%), ter bancos para descanso (29%) e sinalizações com letras maiores (27%) as mais mencionadas.
Embora a maioria dos idosos garanta ter autonomia para decidir como gastar o próprio dinheiro, boa parte se ressente da falta de produtos pensados especificamente para atender às suas necessidades. O levantamento mostra que definitivamente ainda há muito espaço no mercado para o segmento da terceira idade. A empresa do varejo que identificar as necessidades e desejos desse público-alvo, certamente ganhará novos clientes e verá suas vendas aumentarem”, explica Honório Pinheiro, presidente da CNDL.