Pensar o sentido da arte e suas relações com a sociedade é um. exercício rico de possibilidades. Diversos relatos apontam que, ao final da sessão do filme ‘Polícia Federal: A lei é para todos’, dirigido por Marcelo Antunez, o público costuma aplaudir. Mas será que ele está de fato louvando a obra de arte?
Tudo indica que não. O que está sendo elogiado, de fato, é todo o processo envolvendo a Operação Lava-Jato e suas consequências. Essa breve reflexão pode nos ajudar a mergulhar nas densas e profundas águas do sentido de se manifestar artisticamente. Um fator essencial está na reflexão que vida e arte estão próximas, mas são distintas. Um dado importante é que, se todos têm algum tipo de inquietação com o mundo, poucos conseguem transformar essa percepção em arte de fato. O ato de dar a uma percepção a uma visão de mundo formas, cores, imagens ou palavras demanda uma prática cotidiana complexa e que demanda o progressivo domínio de técnicas específicas. Não basta um sentimento de alegria tristeza, exaltação ou indignação. A arte se dá nas velaturas da existências, nos interstícios do desconhecido de ser e na poética imagem, mesmo que possa parecer desgastada, daquele momento mágico em que tentamos pegar a areia na praia e ela escapa e desvanece entre nossos dedos. Oscar D’Ambrosio, Doutor em Educação, Arte e História da Cultura e Mestre em Artes Visuais, atua na Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp.
A arte de fazer arte
Pensar o sentido da arte e suas relações com a sociedade é um. exercício rico de possibilidades. Diversos relatos apontam que, ao final da sessão do filme ‘Polícia Federal: A lei é para todos’, dirigido por Marcelo Antunez, o público costuma aplaudir. Mas será que ele está de fato louvando a obra de arte?
Tudo indica que não. O que está sendo elogiado, de fato, é todo o processo envolvendo a Operação Lava-Jato e suas consequências. Essa breve reflexão pode nos ajudar a mergulhar nas densas e profundas águas do sentido de se manifestar artisticamente. Um fator essencial está na reflexão que vida e arte estão próximas, mas são distintas. Um dado importante é que, se todos têm algum tipo de inquietação com o mundo, poucos conseguem transformar essa percepção em arte de fato. O ato de dar a uma percepção a uma visão de mundo formas, cores, imagens ou palavras demanda uma prática cotidiana complexa e que demanda o progressivo domínio de técnicas específicas. Não basta um sentimento de alegria tristeza, exaltação ou indignação. A arte se dá nas velaturas da existências, nos interstícios do desconhecido de ser e na poética imagem, mesmo que possa parecer desgastada, daquele momento mágico em que tentamos pegar a areia na praia e ela escapa e desvanece entre nossos dedos. Oscar D’Ambrosio, Doutor em Educação, Arte e História da Cultura e Mestre em Artes Visuais, atua na Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp.