O estrago causado pela tragédia no Rio Grande do Sul mudou o cenário no Estado. Cidades inteiras, setores industriais, agricultura e vidas humanas foram afetadas diretamente, causando comoção nacional e a formação de redes de solidariedade para ajudar as vítimas. No meio de toda a destruição, rodovias gaúchas também foram duramente castigadas e a ponto de dificultarem até mesmo a chegada de caminhões com mantimentos em diversos trechos.

O Ministro dos Transportes, Renan Filho, divulgou uma estimativa sobre os estragos, que precisará de, pelo menos, R$ 1 bilhão apenas para começar a recuperação de todas as rodovias afetadas. A conta pode ser ainda maior, tão logo técnicos do governo analisem os estragos relativos às rodovias administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

As últimas informações do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) divulgadas na sexta-feira, 10 de maio, apresentava 75 trechos em 47 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes:

“A reconstrução das rodovias passou a ser uma necessidade para os órgãos governamentais, tão importante quanto obras em postos de saúde e escolas afetadas. Deslizamentos e a própria força da água destruíram diversos pontos, o que está dificultando a mobilização de equipes de resgate e a logística de mantimentos e donativos. Muita dessa ajuda só conseguiu chegar aos pontos afetados por meio de jipes, barcos ou via aérea, mostrando o tamanho do estrago no asfalto em diversos pontos” analisa o gestor da unidade de negócio da Construtora De Amorim, Bernardo Oliveira

Chuvas precisam dar trégua para início de obras

Mesmo que a água comece a baixar o nível nos próximos dias, o estrago em diversos trechos pode demandar reparação total. A maior dificuldade para estas ações é o tempo para começar essas operações:

“Além de precisar esperar o volume de água escoar, a recuperação de asfalto só é possível em tempo seco. Se as chuvas continuarem, esse trabalho de recuperação vai precisar esperar. Os desvios por rodovias secundárias e a utilização de transportes alternativos, ainda serão necessários até que rodovias sejam liberadas, mesmo que parcialmente” completa o especialista.