A internet tem sido uma importante fonte de informações para quem está considerando a cirurgia plástica, mas é preciso ter cuidado com a veracidade e precisão das informações encontradas.

 

O aumento dos seios, por meio dos implantes mamários, é um dos procedimentos de cirurgia plástica mais comuns em todo o mundo. No entanto, muitas mulheres ainda têm dúvidas e preocupações sobre os efeitos que essa cirurgia pode causar na sua capacidade futura de amamentar.

 

É importante ressaltar que ter uma produção completa de leite não é garantia para uma experiência de amamentação bem sucedida. Além da produção correta , fatores como a oferta e a pega do bebê devem ser considerados .Fatores locais do mamilo também podem atrapalhar na amamentação .Porém, é fundamental que as mulheres tenham acesso a informações precisas sobre os possíveis efeitos do aumento dos seios na lactação antes de tomarem uma decisão.

 

O cirurgião plástico, Dr. Guilherme Bersou, explica que alguns dos procedimentos de cirurgia plástica que envolvem os seios, como elevação e redução, têm o potencial de afetar e ductos da mama, impactando assim a lactação. Já aumento mamário, não afeta a amamentação justamente por não lesar os ductos lactíferos.

Além disso, algumas técnicas cirúrgicas, como as incisões ao redor da aréola , têm maior probabilidade de causar reduções na produção de leite, justamente por lesar os ductos que levam o leite da glândula mamaria até o mamilo. No entanto, com o tempo, os dutos que foram cortados durante a cirurgia podem se regenerar e recuperar a funcionalidade, permitindo que a mãe produza leite normalmente.

 

“É importante ressaltar que uma cicatriz ao redor da aréola após a redução da mama não indica necessariamente uma impossibilidade de amamentação. Isso porque, uma boa parte dos duetos e glândulas permanecem inalteradas e assim, permitem a amamentação. A quantidade de leite produzida dependerá do número de dutos conectados e da funcionalidade dos nervos que permitem a lactação, além de outros fatores como hormônios e a retirada do leite.”. Destaca o Dr. Guilherme Bersou.

 

Mas afinal, o silicone impede ou não a mulher de amamentar?

Caso seja colocado pelo sulco mamário, ou seja , por uma incisão pela parte debaixo da mama , a paciente  poderá amamentar normalmente. O mesmo vale para incisões na axila por exemplo. A inclusão da prótese não causa danos aos dutos ou a inervação da mama. O que o implante pode causar em alguns casos , principalmente se escolhido uma prótese muito grande é uma pressão sobre o tecido mamário que com o passar do tempo pode levar a uma atrofia do mesmo. No entanto, é importante ressaltar que a presença de um implante de silicone não impede a mulher de amamentar. O que pode acontecer é que algumas mulheres não conseguem produzir leite materno, o que é algo natural do corpo e pode ocorrer independentemente da presença de implantes mamários.

 

Outra dúvida comum é sobre o momento ideal para realizar a cirurgia de aumento dos seios em relação à gravidez. A resposta para essa questão depende dos planos e desejos de cada mulher. Caso a gravidez esteja nos planos futuros, é recomendado que a cirurgia seja adiada para depois da gestação. No entanto, se não houver planos concretos de engravidar, a mulher pode seguir em frente com a cirurgia e realizar o sonho de ter as mamas do tamanho desejado.

Após a gravidez, muitas mulheres desejam colocar implantes de silicone para recuperar o aspecto das mamas, que podem ter ficado flácidas devido ao ganho de peso e posterior perda. Nesses casos, é importante que a mulher espere até que a produção de leite esteja completamente encerrada para realizar a cirurgia de aumento dos seios.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que as mulheres amamentem até os seis meses de vida dos bebês e, se possível, até os dois anos. Por isso, é importante que as mulheres aguardem até o fim do período de lactação antes de realizar uma cirurgia plástica nos seios. Isso porque, durante a amamentação, as glândulas mamárias aumentam e a pele das mamas se estica, e após o período de amamentação, pode haver uma flacidez na pele, especialmente se a mulher perder peso.

 

Porém, em casos em que a mulher já possui implantes mamários antes da gravidez, é possível realizar a troca ou ajuste do implante após a amamentação, de acordo com a avaliação do cirurgião plástico e as preferências da paciente.

 

“É importante ressaltar que o implante de silicone não impede o vínculo entre mãe e bebê, a menos que seja exageradamente grande e exerça pressão sobre as glândulas mamárias. O cirurgião plástico deve sempre considerar o aspecto físico da paciente para garantir que a cirurgia seja esteticamente harmônica e realize o objetivo estético desejado pela mulher”. Conclui o Dr. Guilherme Bersou.

DOUTOR GUILHERME BERSOU – CRM 113239 SP

CIRURGIÃO PLÁSTICO

Especialista em cirurgias mamárias e de contorno corporal.

Formado na faculdade de medicina de Sorocaba, PUC – SP, realizou sua residência de cirurgia geral e de cirurgia plástica no HSPM – SP, Membro Titular SBCP e associado BAPS.

Em sua trajetória conta com diversos cursos de especializações, como:

– Real 24 Recovery – R24R, curso avançado de cirurgias mamárias, com recuperação em 24h.

– Body and Art, imersão em lipoaspiração de alta definição.

– Mastopexia em L, cicatriz cirúrgica em L, com decote livre.

– Mastopexia Grip Plane, focado em mastopexia com prótese e estruturação mamária.

– Alça muscular, focado em mastopexia com prótese, usando a técnica de alça de sustentação muscular.

– Mentoria Cirurgia Plástica Funcional, com objetivo de preparar melhor o corpo das pacientes antes da cirurgia, garantindo mais segurança e melhor recuperação pós operatória.