Hoje não é um belo dia para fazer um aborto!

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A experiência da autora Paula Klien após interromper uma gravidez de forma clandestina deixou marcas para o futuro – tornou-o incerto diante à maternidade e frustrante, contexto relatado em seu livro Todas as Minhas Mortes (Citadel Grupo Editorial).

A PL 1904/2024 afeta toda uma família, mas também precisamos falar sobre os efeitos da clandestinidade, a falta de opção para seguir com atendimento médico digno e um pós procedimento seguro.

Muitos anos depois o ocorrido, em uma das melhores clínicas do Rio de Janeiro, quando finalmente Paula decidiu ser mãe, as duras penas, sentiu os efeitos: diversas complicações na saúde, que geraram a impossibilidade de uma gravidez em sua forma natural, e a morte de quíntuplos, quatro deles nascidos vivos e um ainda na gestação.

Todo o padecimento, a tortura e sinônimos capazes de elucidar essa situação não são bastante para adjetivar o impacto que ela relata em Todas as Minhas Mortes. A passagem teve um efeito tão indigesto, que é o ponto alto desta narrativa.

“Uma dor excruciante me acordou no dia seguinte. Fazia uma semana do aborto. Minha barriga parecia estar sendo furada por pregos. A tortura era tamanha que, se a escala de dor existisse para além de dez, minha dor seria mil”.

A obra revela a importância de entender que nenhuma mulher quer essa opção, mas quando não há um porto seguro capaz de proporcionar a confiança necessária para seguir, a clandestinidade não pode ser a única opção.

 

Sinopse: em Todas as minhas mortes, a protagonista Laví, abreviação de la vie — ou vida em francês —, embarca em uma jornada única, desde o primeiro orgasmo na infância até a pós-menopausa. Com lucidez espantosa, a autora Paula Klien quebra tabus, explorando de forma honesta e visceral temas como erotismo, sexo, paixão, amor, família, maternidade, cura e fé. Este romance de autoficção é uma narrativa instigante que desafia pudores, mergulhando na complexidade humana e na ordenação de valores fundamentais. Uma estreia literária marcante, Todas as minhas mortes não apenas cativa com sua narrativa insólita, mas também convida os leitores a uma reflexão profunda sobre o milagre da vida e as muitas mortes que moldam nossa existência. Uma leitura impactante, comovente e inspiradora, que mantém a respiração suspensa da primeira à última linha.

FICHA TÉCNICA
Título: Todas as minhas mortes
Autora: Paula Klien
Editora: Citadel Grupo Editorial
ISBN: 978-6550474140
Dimensões: 13.5 x 1.2 x 21 cm
Páginas: 176
Preço: R$ 64,90

Onde comprar: Amazon

Sobre a autora: Paula Klien nasceu no Rio de Janeiro em 1968. É artista plástica contemporânea com significativa projeção internacional. Embora utilize técnicas ancestrais na criação de seus desenhos e pinturas, ela foi pioneira em Cripto Arte e NFT (token não fungível). Artista multidisciplinar e diretora criativa de vanguarda, também trabalha com performance e vídeo, servindo-se de recursos de sua bagagem, como dança e música. Além disso, foi fotógrafa por dez anos, realizando trabalhos culturalmente relevantes. Muitas de suas obras visuais integram acervos de museus e importantes coleções. Embora tenha estudado Direito, Paula desistiu da carreira jurídica. A escrita é uma paixão antiga, e Todas as minhas mortes marca o lançamento da artista no universo literário.

Redes sociais do autor: Instagram | Site

Sobre a editora: Transformar a vida das pessoas. Foi com esse conceito que o Citadel Grupo Editorial nasceu. Mudar, inovar e trazer mensagens que possam servir de inspiração para os leitores. A editora trabalha com escritores renomados como Napoleon Hill, Sharon Lechter, Clóvis de Barros Filho, entre outros. As obras propõem reflexões sobre atitudes que devem ser tomadas para quem quer ter uma vida bem-sucedida. Com essa ideia central, a Citadel busca aprimorar obras que tocam de alguma maneira o espírito do leitor.

 

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