O presidente da república eleito, Jair Bolsonaro, vem mostrando que sua desenvoltura técnica estará garantida. Uma vez que o mesmo vem atribuindo funções do alto escalão do próximo governo à pessoas com currículos com vasta experiência para o exercício – cá entre nós, quem dirá que o futuro ministro da justiça, Sérgio Moro, não tem cacife para tal ?
Bolsonaro já convocou vinte dos seus ministros de Estado, sendo destes sete militares, e para fazer jus ao desespero natural da esquerda histérica, a galera do ‘auê’ já faz duras críticas ao presidente-eleito por considerarem excessivo o número de fardados no poder – que diga-se de passagem, é o governo que mais conta com a contribuição dos militares desde a redemocratização da década de 80. Tira MinC, põe MinC, tira de novo e manda pra Cidadania e Ação social – Levou até o esportes junto; agricultura se funde, agricultura se defunde e ganha uma mulher pra comanda-la; ensino superior sai do MEC, da uma volta por Ciências e Tecnologias vê que o orçamento e apertado e volta para o MEC; MTE sobrevivia por aparelhos, alguns já choravam seu luto e ressuscitou – mais um ministro ganhará trabalho; Meio ambiente sobrará pra algum ativista estilo greenpeace, mas provavelmente será alguém que tenha know-how. Ainda que em alguns casos sejam pouco compreensíveis, as nomeações da equipe que assumirá junto a Bolsonaro no próximo 01 de Janeiro, não são demasiadamente questionáveis. Ele prometeu que os cargos seriam ocupados por técnicos e estão sendo. Esse vai e vem de pastas que horas são ministérios e horas não são mais realmente confunde qualquer brasileiro que tentar entender essa dança das cadeiras, mas seja lá como for, são nomes aceitáveis, se comparados aos de Dilma Rousseff então, já caminhamos uns 20 anos. O presidente está caminhando bem. Tem sido assertivo.
Austeridade, Presidente! Falávamos em corte de gastos, fim dos privilégios e redução da maquina. Seriam quinze ministérios, mas o excelentíssimo senhor presidente-eleito já nomeou vinte e ainda está pra escolher mais dois. Há boatos de um tal ministério da família (???) – ou secretaria da familia – tá confuso isso, mas levando em consideração o vai e vem de outras pastas, é até que esperado, mas sejamos honestos, não precisamos de uma secretaria da família. O próprio bolsonaro foi porta-voz dos brasileiros contra a interferência do estado na família, e agora cogita a criação de uma pasta para a família. O Estado vai regulamentar as relações familiares, seria isso? Ou seria uma pasta para acalmar os evangélicos que estão revoltados com a não-nomeação de Magno Malta? A narrativa de enxugar a maquina pública, ser austero, seguir a risca a regra básica de gastar menos que arrecada tem que se tornar uma ação. Agora, na prática, o novo governo terá de aprender lidar com os deficits e superavit nominais, reais, primários e secundários. Agora tem balança comercial pra ser analisada, a tal da demanda agregada para ser observada, garantir investimentos, gerar postos de trabalho, políticas econômicas que possam encorajar o mercado financeiro, processos inflacionarios, situações deflacionarias, crescimento da economia, reação internacional e por aí vai. A grande questão é que todas essas terminologias, diretamente ou indiretamente, estao ligados ao controle de gastos, sofrem ou causam impactos devido as contas públicas. Gastar menos do que arrecada é o caminho. Os governos anteriores não foram muito felizes endividados.Há, o Mercosul! Seria ótimo sair fora dessa coisa, esse negócio não presta. Economistas já dizem que, muito em breve, dentro da globalização as relações comerciais não mais acontecerão entre países, mas sim entre blocos econômicos. Participar de um bloco econômico forte será de extrema importância para o Brasil. O detalhe é que nem pra bloco de carnaval o Mercosul tá servindo. O NAFTA e a UE já deixaram isso bem claro. O Brasil tem condicoes de estar entre os grandes.
Caio Alexandre é estudante de Ciencias Economicas do Centro de Economia e Administração da Pontificia Universidade Católica Campinas, empresário, corretor de imóveis e coordenador do movimento Students for Liberty Brazil (SFLB).