O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (24) a suspensão do reajuste de pedágios nas rodovias do Estado. Ele negou que a medida seja populista. A decisão foi tomada cinco dias após a redução no valor da passagem de ônibus municipais, trem e metrô motivada por uma série de protestos.
Pelo contrato com as concessionárias o valor dos pedágios é reajustado todo dia 1º de julho, quando é aplicada a correção da inflação. O governo optou, porém, por não aumentar o valor pago nos pedágios este ano. A anulação da inflação será possível, segundo Alckmin, por meio de renegociação de termos dos contratos com as concessionárias que administram as estradas, economias feitas nos últimos dois anos e meio e racionalização dos gastos.
O governador citou uma série de medidas que, conforme ele, viabilizam a suspensão do aumento. Uma delas é a redução do valor pago às concessionárias pela Artesp (agência que regula os contratos do Estado no setor), que caiu de 3% para 1,5%.
O governo pretende utilizar, ainda, recursos do ônus fixo que as empresas pagam ao Estado por contrato. Por fim, Alckmin anunciou uma medida que causará impacto direto no transporte de carga. A partir do mês que vem, o pedágio dos caminhões será pago de acordo com o número total de eixos, a exemplo do que é feito nas estradas federais. Atualmente, os caminhoneiros não pagam pelo eixo suspenso – aquele que não toca o chão.
ProtestosAlckmin embarca nesta segunda-feira para Brasília, onde terá um encontro com a presidente, governadores e ministros sobre a criação de um “pacto nacional” pela melhoria dos serviços públicos e uma política nacional de transportes, proposta pelo governo federal.
Informações obtidas no Estadão.