O prefeito Chico Sardelli reuniu-se nesta quarta-feira (14) com representantes das secretarias e unidades responsáveis pelas ações de combate à transmissão da febre maculosa brasileira no município. Mesmo sem casos confirmados da doença em 2023, o objetivo da reunião foi elencar medidas para intensificar o trabalho já realizado.
Participaram do encontro o vice-prefeito Odir Demarchi, o secretário de Meio Ambiente Fabio Renato de Oliveira, o secretário de Comunicação Leon Botão, o secretário-adjunto de Saúde Fábio Joner, a superintendente da Fusame Lilian Godoi, a diretora da Atenção Básica Simone Maciel, o diretor da Vigilância em Saúde, Antonio Donizeti, o coordenador da Vigilância Ambiental em Saúde, Jorge Gomes e o agente de controle de vetores Jardel Brasil.
“Chamei essa reunião com todos os envolvidos nesse trabalho para identificar o cenário da febre maculosa brasileira no município, já que há casos confirmados na região, e também para traçarmos estratégias conjuntas para intensificar o combate”, afirmou Chico.
Diante dos casos registrados na região, Americana irá reforçar a campanha contínua que já realiza. Serão instaladas mais placas nos locais de risco e ampliadas as ações de conscientização por meio das redes sociais, cartazes e panfletos, além de um trabalho em parceria entre a Vigilância e a Secretaria de Educação, para levar o tema aos estudantes.
Na área da Saúde, será feito um trabalho junto aos médicos e enfermeiros da atenção básica e do pronto atendimento (nas UPAs e Hospital Municipal), a fim de que seja redobrada a atenção em relação aos sintomas da febre maculosa brasileira, uma vez que o diagnóstico e tratamento nos primeiros dias da doença eleva as chances de cura.
“Americana não tem casos confirmados até o momento, e esperamos que continue assim. Mas para isso, vamos intensificar nossas ações e contamos com a colaboração da população, para evitar as áreas de risco”, disse Chico.
Ações já realizadas
Americana conta, desde 2006, com o PVCE (Programa de Vigilância e Controle do Escorpião e Carrapato), que monitora as áreas de risco e mantém placas de advertência à população, alertando sobre a presença do carrapato-estrela nesses locais.
Os profissionais realizam pesquisa do carrapato-estrela em pontos estratégicos, principalmente margens de rios, córregos e riachos, bem como em toda a orla da Represa Salto Grande, áreas consideradas de risco para a transmissão da febre maculosa brasileira, destacadas a partir da identificação de casos confirmados da doença e locais de infecção.
Além disso, a Secretaria de Meio Ambiente e o Instituto Biológico da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento firmaram uma parceria para realizar ações de controle e diminuição da população do carrapato-estrela por meio da aplicação de um agente de controle biológico nas áreas de risco do município. A parceria teve início no final do ano passado e terá novas etapas nos próximos meses.
Sintomas
Os principais sintomas da febre maculosa brasileira são febre (principal), náusea/vômito, manchas avermelhadas na pele, dores abdominais e musculares, dores de cabeça. A doença tem alta taxa de letalidade, mas tem cura e o tratamento é feito por meio de antibióticos. Por isso, é fundamental buscar atendimento médico o mais rápido possível ao apresentar os sintomas.
ÁREAS DE RISCO
– Área da Carioba: Pesqueiros do Rio Piracicaba, próximos ao parque têxtil da Rua Carioba;
– Área da Casa de Cultura Herman Müller: Mata ciliar adjacente ao Ribeirão Quilombo;
– Área do Rio Jaguari: Região pós-represa do Salto Grande (chácaras nas proximidades da Colônia Agrícola do Sobrado Velho);
– Área do Museu Histórico: Pesqueiros na confluência dos rios Atibaia e Jaguari;
– Área do Assentamento Milton Santos: Matas ciliares do Rio Jaguari e Córrego Jacutinga;
– Área da ponte do Rio Piracicaba, sobre a Rodovia Anhanguera: Pesqueiros locais;
– Área do Rio Piracicaba: Pesqueiros nas proximidades do Centro de Detenção Provisória de Americana (CDP);
– Área da represa do Jardim Imperador: Residencial Portal dos Nobres;
– Área da Praia dos Namorados: Orla da Represa do Salto Grande;
– Área do Bairro Mirandola: Pastos e matas periféricas
– Área da Praia do Zanaga: Braço da Represa do Salto Grande entre os bairros Antônio Zanaga e Vale das Nogueiras;
– Área da Usina da CPFL: Represa do Salto Grande;
– Área do Ribeirão Quilombo: Toda a extensão;
– Área verde do Parque Nova Carioba: Mata ciliar do córrego Bertini.