O PT apoiará a candidatura do PSDB à presidência da ALESP, em troca de uns carguinhos “estratégicos”, tendo em vista que não teria chance de vencer a base governista, com isso, o partido despreza o potencial dos movimentos sociais e abre mão de criar algo vigoroso politicamente em São Paulo.
O deputado Carlos Gianazzi, do PSOL, irá disputar sozinho para marcar posição, como tem feito em vários temas, como água e educação. Vai daí que o parlamentar foi o mais votado da oposição no estado e o PT tomou uma tunda. A educação pública em São Paulo está completamente destruída, a APEOESP ilhada e a classe dos professores desmobilizada. Se o PSDB pouco fez pela educação nestes vinte anos, o PT também pouco fez para mobilizar as forças de esquerda e os professores em torno de uma agenda.
Sem debate, não há ideias. Sem ideias, não há propostas. Sem propostas, não há agenda. Sem agenda, não há mobilização. Não adianta o PT controlar burocraticamente o sindicato dos professores se o mesmo não consegue amealhar adeptos em suas paralisações. Perguntaria o outro: mobilizar-se em torno de quais propostas e forças?
O PT envia uma mensagem muito ruim para as esquerdas ao dar apoio ao PSDB nesta querela pela presidência da casa. Desmobiliza. Ignora o que aconteceu no Paraná há poucos dias e o que vem acontecendo na Grécia e na Espanha. Esconde-se nas tocas do institucionalismo conservador e perde a chance de criar um campo opositor com os blocos sociais insatisfeitos. Os musculosos MTST e MPL estão aí para quê? O PSDB está há vinte anos no comando do estado e esqueceu que o interior existe quando o assunto é transporte sobre trilhos. As empresas privadas de ônibus oferecem serviços caros e ridículos. A educação pública encontra-se ao rés do chão. Obras do metrô corrompidas e lentas. Falta de água. E mais um trilhão de problemas. Existe um plano de ação articulado das esquerdas, nas ruas e na Assembléia, para criar constrangimentos ao governador? Não.Nem projeto alternativo ao tucano.
O PT tem medo de ser de esquerda no Estado mais conservador do país. Só perde com isso. Uma coisa é fechar alianças com o centro, outra é se isolar na esfera institucional como se fosse um PMDB. Alckmin agradece. A força do prefeito de São Paulo vem justamente de suas medidas progressistas e nelas moram suas chances de reeleição. O filho de Alexandre Padilha nasceu no SUS. Falta mais Mujica na canjica do PT paulista.
Articulista aponta erros do PT paulista
O PT apoiará a candidatura do PSDB à presidência da ALESP, em troca de uns carguinhos “estratégicos”, tendo em vista que não teria chance de vencer a base governista, com isso, o partido despreza o potencial dos movimentos sociais e abre mão de criar algo vigoroso politicamente em São Paulo.
O deputado Carlos Gianazzi, do PSOL, irá disputar sozinho para marcar posição, como tem feito em vários temas, como água e educação. Vai daí que o parlamentar foi o mais votado da oposição no estado e o PT tomou uma tunda. A educação pública em São Paulo está completamente destruída, a APEOESP ilhada e a classe dos professores desmobilizada. Se o PSDB pouco fez pela educação nestes vinte anos, o PT também pouco fez para mobilizar as forças de esquerda e os professores em torno de uma agenda.
Sem debate, não há ideias. Sem ideias, não há propostas. Sem propostas, não há agenda. Sem agenda, não há mobilização. Não adianta o PT controlar burocraticamente o sindicato dos professores se o mesmo não consegue amealhar adeptos em suas paralisações. Perguntaria o outro: mobilizar-se em torno de quais propostas e forças?
O PT envia uma mensagem muito ruim para as esquerdas ao dar apoio ao PSDB nesta querela pela presidência da casa. Desmobiliza. Ignora o que aconteceu no Paraná há poucos dias e o que vem acontecendo na Grécia e na Espanha. Esconde-se nas tocas do institucionalismo conservador e perde a chance de criar um campo opositor com os blocos sociais insatisfeitos. Os musculosos MTST e MPL estão aí para quê? O PSDB está há vinte anos no comando do estado e esqueceu que o interior existe quando o assunto é transporte sobre trilhos. As empresas privadas de ônibus oferecem serviços caros e ridículos. A educação pública encontra-se ao rés do chão. Obras do metrô corrompidas e lentas. Falta de água. E mais um trilhão de problemas. Existe um plano de ação articulado das esquerdas, nas ruas e na Assembléia, para criar constrangimentos ao governador? Não.Nem projeto alternativo ao tucano.
O PT tem medo de ser de esquerda no Estado mais conservador do país. Só perde com isso. Uma coisa é fechar alianças com o centro, outra é se isolar na esfera institucional como se fosse um PMDB. Alckmin agradece. A força do prefeito de São Paulo vem justamente de suas medidas progressistas e nelas moram suas chances de reeleição. O filho de Alexandre Padilha nasceu no SUS. Falta mais Mujica na canjica do PT paulista.