Artista holandês faz exposição inédita em Barão Geraldo

Agenda,

Artista holandês faz exposição inédita em Barão Geraldo

18 de setembro de 2015

Instalado definitivamente no Brasil, depois de rodar praticamente o mundo inteiro, o artista plástico holandês Ger Luyten inaugurou esta semana em Campinas a primeira exposição de suas obras no país, com imagens, reproduções e olhares sobre alguns dos inúmeros povos indígenas que ele conheceu durante suas andanças pelas regiões mais agrestes do planeta.

Foi em uma dessas andanças, aliás, por regiões ainda inóspitas da Amazônia brasileira, há mais de 40 anos, que ele teve o primeiro contato com as técnicas para a produção da tintura do urucum, que hoje é uma das principais tintas utilizadas por ele em suas obras.
O substrato para suas pinturas são retalhos, blocos e pranchas de madeiras brasileiras que hoje ele só encontra em suas buscas por madeireiras que comercializam materiais de demolição de antigos casarões coloniais.
“As etnias indígenas que conheci na Amazônia, como os ianomâmis e outras que na época não tinham contato quase nenhum com o homem branco, utilizavam o urucum misturado com gorduras de animais e outros produtos, com o objetivo de se proteger dos insetos. Foi assim que aprendi como eles manejavam essa essência”, conta Ger.
Décadas depois, assim que se aposentou e decidiu dedicar-se exclusivamente às artes plásticas, Ger relembrou as técnicas indígenas de manejo do urucum. E graças à sua esposa Ingrid Luyten, artista plástica de origem alemã que também o acompanhou por muitas de suas viagens ao redor do mundo, conseguiu desenvolver uma tintura de urucum especialmente adaptada para suas pinturas sobre madeira.
“O urucum exige uma técnica muito especial para ser utilizado. A tintura da planta, ao contrário das outras tintas normalmente utilizadas por artistas plásticos modernos, procura os veios da madeira e se infiltra por eles. Mesmo se colocarmos, sem a devida técnica, um outro tipo de tinta, óleo ou acrílico, sobre ela, os pigmentos aderem e alteram a cor da tinta”, relata ele.
A arte de Ger impressiona pela simplicidade, mas esconde o lento e demorado processo de preparação, que envolve desde um tratamento cuidadoso com a madeira até um processo final de impermeabilização total de cada obra, que pode inclusive permanecer por tempo indefinido dentro da água sem se deteriorar.
A exposição de Ger permanece aberta até o próximo sábado, dia 19, no ‘Espaço COMO? Vegan Shop’, no Bairro Guará, em Barão Geraldo.
______________________________
SERVI??O:
Exposição Inédita do artista plástico Ger Luyten
De 15 à 19 de setembro
Rua José Pugliesi Filho, 420, loja 03, Guará, Barão Geraldo, Campinas/SP
Horários: de terça a sexta, das 12h às 20h, sábados das 11h às 15h.
ENTRADA FRANCA/ Mais infos: Cabeto Rocker  (19) 99128 5656  cabeto@cabetorocker.com.br

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18 de setembro de 2015

Instalado definitivamente no Brasil, depois de rodar praticamente o mundo inteiro, o artista plástico holandês Ger Luyten inaugurou esta semana em Campinas a primeira exposição de suas obras no país, com imagens, reproduções e olhares sobre alguns dos inúmeros povos indígenas que ele conheceu durante suas andanças pelas regiões mais agrestes do planeta.

Foi em uma dessas andanças, aliás, por regiões ainda inóspitas da Amazônia brasileira, há mais de 40 anos, que ele teve o primeiro contato com as técnicas para a produção da tintura do urucum, que hoje é uma das principais tintas utilizadas por ele em suas obras.
O substrato para suas pinturas são retalhos, blocos e pranchas de madeiras brasileiras que hoje ele só encontra em suas buscas por madeireiras que comercializam materiais de demolição de antigos casarões coloniais.
“As etnias indígenas que conheci na Amazônia, como os ianomâmis e outras que na época não tinham contato quase nenhum com o homem branco, utilizavam o urucum misturado com gorduras de animais e outros produtos, com o objetivo de se proteger dos insetos. Foi assim que aprendi como eles manejavam essa essência”, conta Ger.
Décadas depois, assim que se aposentou e decidiu dedicar-se exclusivamente às artes plásticas, Ger relembrou as técnicas indígenas de manejo do urucum. E graças à sua esposa Ingrid Luyten, artista plástica de origem alemã que também o acompanhou por muitas de suas viagens ao redor do mundo, conseguiu desenvolver uma tintura de urucum especialmente adaptada para suas pinturas sobre madeira.
“O urucum exige uma técnica muito especial para ser utilizado. A tintura da planta, ao contrário das outras tintas normalmente utilizadas por artistas plásticos modernos, procura os veios da madeira e se infiltra por eles. Mesmo se colocarmos, sem a devida técnica, um outro tipo de tinta, óleo ou acrílico, sobre ela, os pigmentos aderem e alteram a cor da tinta”, relata ele.
A arte de Ger impressiona pela simplicidade, mas esconde o lento e demorado processo de preparação, que envolve desde um tratamento cuidadoso com a madeira até um processo final de impermeabilização total de cada obra, que pode inclusive permanecer por tempo indefinido dentro da água sem se deteriorar.
A exposição de Ger permanece aberta até o próximo sábado, dia 19, no ‘Espaço COMO? Vegan Shop’, no Bairro Guará, em Barão Geraldo.
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SERVI??O:
Exposição Inédita do artista plástico Ger Luyten
De 15 à 19 de setembro
Rua José Pugliesi Filho, 420, loja 03, Guará, Barão Geraldo, Campinas/SP
Horários: de terça a sexta, das 12h às 20h, sábados das 11h às 15h.
ENTRADA FRANCA/ Mais infos: Cabeto Rocker  (19) 99128 5656  cabeto@cabetorocker.com.br

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