Bob Dylan, 75 anos, foi o escolhido este ano por ter criado novas formas de expressão poéticas no quadro da grande tradição da música americana, explicou a Academia Sueca.
Numa curta entrevista após anunciar o premiado, a secretária permanente da Academia Sueca, Sara Danius, explicou que Bob Dylan mereceu o prémio por ser “um grande poeta na grande tradição poética inglesa”.
“Ele encarna essa tradição”, disse a responsável, lembrando que há 54 anos que o cantor, poeta e compositor se reinventa, criando novas identidades.
Instada a escolher uma canção emblemática do agora Nobel da Literatura, Sara Darius disse que o álbum “Blonde on Blonde”, de 1966, “é um exemplo extraordinário da sua forma brilhante de rimar e do seu pensamento pictórico”.
A representante da Academia Sueca lembrou ainda, quando questionada sobre a especificidade da poesia de Dylan, que foi escrita para ser cantada, que também Homero e Safo, há mais de 2000 anos, escreveram poesia que devia ouvir-se. “E ainda hoje lemos Homero e Safo”.