BBC – A polícia japonesa investiga o caso de uma enfermeira cujo cadáver foi enviado de Osaka para Tóquio por um serviço de entrega expressa. O corpo de Rika Okada, de 29 anos, percorreu cerca de 400 quilômetros e foi descoberto em uma caixa de papelão de 2 metros. No formulário de entrega, o conteúdo da encomenda foi descrito como sendo uma “boneca”.
A caixa estava dentro de um contêiner alugado ??? espaço muito usado por japoneses como garagem ou depósito ??? na cidade de Hachioji, subúrbio da capital japonesa. Mas a “encomenda” foi entregue primeiro em um apartamento, alugado em nome de uma brasileira, cuja identidade não foi divulgada pela polícia.
Os investigadores suspeitam que a brasileira e uma mulher chinesa possam estar envolvidas em um possível assassinato de Rika. As duas viajaram no início do mês para Xangai, na China, e não voltaram mais ao Japão.
A brasileira se entregou nesta terça-feira (27) ao Consulado Geral do Japão em Xangai. A polícia japonesa havia solicitado sua extradição porque ela teria viajado com um passaporte japonês falso, informou a emissora Fuji TV. Além do documento, a polícia suspeita que a brasileira tenha usado os cartões de crédito de Rika. O valor total dos gastos passa de US$ 10 mil (mais de R$ 22 mil).
A empresa transportadora disse que o pacote foi enviado de Osaka em nome de Rika. Segundo a polícia, o depósito onde estava o corpo foi alugado também em nome da japonesa morta e pago com o cartão de crédito dela.
Os investigadores descobriram mais de uma dezena de perfurações no corpo da vítima, possivelmente feitas com uma faca, mas não encontraram ferimentos defensivos nos braços, segundo a imprensa local.