Câmara entrega medalhas de mérito “Herbert de Souza – Betinho” em sessão solene nesta quinta (20)
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A Câmara Municipal de Americana realiza nesta quinta-feira (20) sessão solene para a entrega de medalhas de mérito “Herbert de Souza – Betinho” a Ângela Maria de Oliveira, Rafael Pinto de Oliveira, Victor Chinaglia e Jânio Carneiro de Oliveira, pelas ações realizadas na área social do município. As homenagens foram motivadas por decretos legislativos de autoria dos vereadores Juninho Dias (PSD) e Thiago Brochi (PL) e do vereador da 17ª legislatura Odair Dias.
A medalha de mérito Herbert de Souza – Betinho foi instituída pela lei municipal nº 4.603/2008, que dispõe sobre a concessão de honrarias municipais, e é concedida a pessoas, grupos e entidades que tenham se destacado na área de ação social e mobilização popular.
A solenidade acontece no Plenário Dr. Antônio Álvares Lobo, a partir das 19h30, e é aberta ao público. A TV Câmara transmite ao vivo pelo canal 8 da Claro TV (RPTV), pelo site oficial e redes sociais (Facebook e Youtube).
Homenageados
Ângela Maria de Oliveira
Ângela Maria de Oliveira, mãe de três filhos, prestadora de serviços em esmaltação de resina em joias. Sempre apaixonada por crianças, cursou magistério e em 2017 conheceu o projeto do FOPE (Força Patriota Estudantil), se tornando mãe social de várias crianças, chegando a abrigar várias delas em sua residência.
Logo no início do seu trabalho, mostrou grande aptidão ao lidar com os jovens e em 2020 foi convidada a iniciar a sua própria Cia, iniciando com 14 alunos. Foi então que nasceu a 24ª cia FOPE de Americana, que chegou a ter 150 alunos.
A FOPE busca promover uma série de temas sociais importantes, conscientizando os alunos da importância de entender e ajudar o próximo. A FOPE é uma oportunidade para os jovens se envolverem em questões sociais relevantes e contribuírem para uma sociedade mais inclusiva, saudável e consciente. Um dos aspectos fundamentais é a promoção da inclusão. Por meio de suas atividades e programas, a FOPE busca garantir que todos os participantes, independentemente de sua origem, gênero ou condição socioeconômica, tenham oportunidades iguais de participar e prosperar.
A FOPE está envolvida em ações sociais, como arrecadação de alimentos, para ajudar comunidades carentes e promover a solidariedade e o espírito de cooperação entre os participantes. Por fim, a FOPE promove o patriotismo e o amor à pátria, inspirando os participantes a servir ao seu país com orgulho e dedicação. Isso inclui o desenvolvimento de valores cívicos e éticos, bem como o respeito pelos símbolos nacionais e pela história do país.
Ao longo destes anos Ângela pode ajudar muitas famílias e jovens, auxiliando na sua capacitação, tornando-os cidadãos conscientes, solidários e comprometidos com o bem-estar da comunidade e de seu País, sem contar com os trabalhos sociais, ajudando famílias que mais necessitam com alimentos, roupas entre outras necessidades.
Rafael Pinto de Oliveira
Rafael Pinto de Oliveira, mais conhecido como Beri, nasceu e cresceu no bairro Antônio Zanaga, onde construiu suas raízes. Desde criança, Beri já demonstrava traços de liderança, tendo fundado um time de futebol na região onde morava chamado ” Unidos da Rua 78”. Como líder da equipe passou a buscar patrocínios para que o time pudesse participar de amistosos, buscando também auxílio para uniformes e alimentos para as confraternizações com as crianças.
Desenvolveu na época estudantil afinidade com os eventos sociais escolares e, também, nas igrejas da região. Aos 12 anos de idade, iniciou sua amizade daquele que seria seu parceiro ao longo dos anos, Juninho Dias. A partir do convívio com a família, Rafael ficou mais inserido no voluntariado, já que Paulinho e Izabel Dias ofertavam aulas de karatê gratuitas no bairro.
Conhecendo cada vez mais o trabalho social, Beri entendeu a necessidade de fazer mais pelos outros quando participou do seu primeiro Jantar Solidário, oferecido pela família Dias à população carente no período de Natal. Desde desse primeiro contato, se tornou um grande voluntário da causa, sempre ajudando nas ações sociais do que futuramente viria ser o Instituto Jr Dias.
O trabalho cresceu e se consolidou e Beri continuou a servir à população através de auxílio nas modalidades e eventos realizados pela entidade. Saindo da atuação exclusiva no Zanaga, junto ao Instituto passou a alcançar mais famílias em vulnerabilidade social no município de Americana.
Beri é peça fundamental das ações do Instituto, seja acompanhando as modalidades oferecidas, organizando e participando dos eventos realizados, buscando parceiros e patrocínios, e oferecendo apoio às famílias através das ações sociais como doações de alimentos.
O trabalho incansável do homenageado em favor do instituto tem gerado frutos até os dias de hoje, pois tocou e continua tocando diversas vidas de crianças e adolescentes e até adultos no município, transformando histórias e oferecendo sonhos junto com uma qualidade de vida melhor através do esporte.
Jânio Carneiro de Oliveira e Victor Chinaglia
Jânio Carneiro de Oliveira e Victor Chinaglia tiveram suas origens em dois países diferentes, um no Brasil agrário e outro no urbano, mas com contradições, violência de classe e tradições de resistência do povo brasileiro, camponês ou operário.
Natural de Paratinga-BA, Jânio começou a luta pela terra aos 14 anos em Bom Jesus da Lapa e Serra do Ramalho na Bahia, em movimentos camponeses espontâneos do sertão baiano em companhia de seu pai e irmãos.
Já adulto, seguindo o caminho de milhares de trabalhadores vem a São Paulo, aderindo ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra-MST e segue para Campinas, participando ativamente de várias lutas pelo direito à moradia.
Victor Chinaglia nasceu em São Paulo no ano de 1967 em plena ditadura militar, em uma família de militantes políticos que foram presos e torturados pelo Regime, fato que o influenciou em sua formação ideológica e senso de justiça social, juntamente o que o levou a militar no Partido Comunista Brasileiro-PCB aos 16 anos de idade seguindo os passos de seus avós e pais.
Formado em arquitetura e urbanismo na PUC de Campinas em 1990, participa em 1985 da legalização do Partido Comunista Brasileiro e resolve aderir ao PCdoB em Campinas em 1992.
Como dirigente do PCdoB veio para Americana e conheceu o prefeito Valdemar Tebaldi, que tinha sido preso durante a ditadura. Começou a trabalhar como arquiteto-urbanista na prefeitura chegando a assumir a secretaria de planejamento, e depois a ser secretário do Meio Ambiente, já na gestão de Erich Hetzl.
O primeiro contato com Janio foi em 2006, após uma ocupação em uma área desapropriada pelo INSS no Sítio Boa Vista, na região do Pós Represa, em Americana. Projetou em parceria com os técnicos do INCRA a agrovila-industrial que depois viria a ser o Assentamento Milton Santos.
Victor e Jânio se reencontram na luta contra o Aterro Sanitário, que por estar no Pós Represa é construído apesar da resistência dos moradores da região. Ambos retomam a trajetória de luta contribuindo com os movimentos sociais do Pós Represa, auxiliando nas soluções legais de regularização fundiária do Assentamento Milton Santos, Bairro Monte Verde, Acampamento Roseli Nunes e Coopehesp – Granja Coave.
Fundam em 17 de Agosto de 2018 a CENTRAL DE MOVIMENTOS DE LUTA PELA TERRA – CMLT e estabelecem a primeira fábrica de tijolos ecológico no Bairro Monte Verde, transferem a Cooperativa Braço Forte para lá dando serviço para seus moradores e fundam em 8 de fevereiro de 2020 a CAMPONESA, COOPERATIVA DE AGRONEGÓCIO DE PRODUTOS LIVRES DE AGROTÓXICOS” para produzir e comercializar a produção do Milton Santos e do Acampamento Roseli Nunes.
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