Hoje já não é segredo para ninguém que o mercado de programadores é uma das áreas que mais cresce no país. Segundo a Brasscom, o Brasil deve gerar pelo menos 420 mil vagas no setor até 2025. No entanto, as oportunidades para os desenvolvedores vão muito além do cenário nacional. Com o trabalho remoto consolidado e a desvalorização do real em relação ao dólar e euro, existe atualmente uma clara tendência de contratação de profissionais brasileiros por empresas do exterior.
De acordo com um estudo conduzido pela consultoria Robert Half, a contratação de desenvolvedores brasileiros pode ser até 40% mais econômica para empresas estrangeiras em comparação com a contratação de profissionais norte-americanos com habilidades equivalentes. Essa dinâmica de mercado cria oportunidades para os ‘desenvolvedores tupiniquins’ explorarem uma carreira internacional, considerando não apenas os aspectos financeiros favoráveis, mas também sua expertise na área.
A seguir, Wesley Willians, CEO e fundador da Full Cycle, principal escola focada na capacitação de desenvolvedores do Brasil, traz dicas fundamentais para esses profissionais que almejam iniciar uma carreira no exterior. Confira:
- Comece se planejando
Segundo o especialista, é fundamental que o profissional inicie o seu planejamento de internacionalização do currículo a partir de três pilares imprescindíveis: se preparar tecnicamente, se aprontar para as entrevistas – tendo em mente as dificuldades que serão encontradas durante os primeiros processos, e, obviamente, saber inglês – apesar de que a fluência absoluta não é necessária para aplicar para cargos internacionais.
“A definição de objetivos é um passo crucial. A escolha e o planejamento antecipado das empresas às quais se deseja candidatar fazem toda a diferença, independentemente de serem de pequeno, médio ou grande porte. A caracterização é importante, uma vez que os processos seletivos em empresas de tecnologia de grande porte diferem significativamente em relação às menores”, comenta.
O especialista diz que as entrevistas para profissionais de nível sênior frequentemente se concentram em questões relacionadas à arquitetura de software, design de sistemas e soluções complexas. “Por isso, a capacidade de demonstrar pensamento estratégico e liderança técnica é fundamental nesse estágio para destacar-se entre os concorrentes”, explica.
- Estude as tecnologias
Para Willians, estudar fundamentos é extremamente necessário para empresas que exigem testes básicos de algoritmos e estrutura de dados. Nesse sentido, falar sobre as tecnologias de forma mais detalhada e aprofundada demonstra conhecimento e exala maturidade para o cargo. Os desenvolvedores muitas vezes são prejudicados quando não conseguem discutir tecnologias de forma minuciosa.
Em qualquer estágio da carreira, ao mencionar tecnologias ou metodologias durante entrevistas ou interações profissionais, é vital que o desenvolvedor demonstre um conhecimento genuíno sobre o assunto, evitando conhecimentos superficiais. “Muitos devs acabam sendo rasos na explicação sobre as tecnologias quando o entrevistador quer saber mais, fator que acaba jogando contra o profissional”, avalia o CEO da Full Cycle.
- Elimine os receios
Uma das preocupações mais comuns durante o processo de internacionalização é a crença de que é preciso ser o melhor desenvolvedor do mundo para trabalhar em uma empresa estrangeira. O especialista explica que é importante reconhecer que empresas internacionais enfrentam desafios semelhantes ou até maiores que as corporações brasileiras, e os desenvolvedores daqui possuem habilidades técnicas competitivas que podem ser tão boas, ou até mesmo superiores, a de outros países.
Williams destaca que não é necessário ter fluência absoluta em inglês para se candidatar a vagas em empresas estrangeiras. O domínio suficiente para comunicação normal é muitas vezes suficiente, especialmente para cargos em países onde o inglês não é o idioma nativo.
- Esteja atento às burocracias
A internacionalização da carreira não exige necessariamente uma mudança física. No entanto, aqueles que buscam experiências presenciais devem estar cientes dos desafios, como a obtenção de vistos e a adaptação a novas culturas corporativas locais, que podem diferir em relação à abordagem de feedbacks, por exemplo. O setor de TI está cada vez mais globalizado, com empresas abertas a profissionais estrangeiros em busca da melhor mão de obra, independentemente de sua localização.
“Em um mundo cada vez mais conectado, a busca por oportunidades de trabalho no exterior representa um caminho promissor para os programadores que buscam crescimento, aprendizado e realização profissional em escala global. O desenvolvedor com disposição de enfrentar tais desafios pode ampliar os seus horizontes de uma forma sem precedentes, abrindo espaço para boas recompensas financeiras e conexões a níveis internacionais”, finaliza o CEO da Full Cycle.
Sobre a Full Cycle
A Full Cycle é a escola de desenvolvedores mais completa do Brasil. por meio de uma grade inovadora, a edtech ajuda os desenvolvedores a criarem aplicações mais críticas, além de auxiliar as empresas a capacitar seus profissionais de tecnologia de uma maneira mais assertiva. Ao longo de sua trajetória, a Full Cycle já formou mais de 9 mil pessoas, atuando junto dos principais players do mercado como Banco do Brasil, Globo, Totvs, Mercado Livre, Itaú, Stone, entre outros.