A Coden Ambiental recebeu autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para utilizar adubo orgânico produzido na Usina de Compostagem de Lodo, que opera desde agosto de 2019 na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Quilombo, em Nova Odessa, em parques e jardins do município. O documento, que também autoriza a utilização do fertilizante em grandes culturas, como cana-de-açúcar, café e laranja, foi entregue ao prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza e ao diretor-presidente da Coden Ambiental, Ricardo ??ngaro, por Jonas Jacob Chiaradia, responsável técnico pela operação da usina. A diretora de Meio Ambiente da prefeitura, Aryhane Massita, também participou do rápido encontro realizado no gabinete do chefe do Poder Executivo.
“Neste primeiro momento, já temos um custo evitado, ou seja, o município de Nova Odessa está economizando cerca de R$ 600 mil por ano que eram gastos para a destinação correta do lodo de esgoto. E a partir do momento que o trabalho for incrementado, o adubo certamente vai virar uma fonte de renda para o município, já que pode ser utilizado em grandes culturas, como cana-de-açúcar, café e laranja, por exemplo”, explicou Chiaradia.
O adubo é fabricado a partir do lodo de esgoto, por meio de compostagem com galhos triturados, e será usado pela prefeitura em parques, praças, jardins, áreas de reflorestamento e no viveiro de mudas municipal. A Coden fará uma doação à Administração das 80 toneladas de adubo já em “estoque”. “A partir de agora, com a autorização em mãos, vamos iniciar a produção em grande escala, sendo que a capacidade da nossa usina é para produzir até 300 toneladas de adubo por mês”, disse o diretor-presidente da Coden Ambiental, Ricardo Ongaro.
A Usina de Compostagem de Lodo ??? pioneira da RMC (Região Metropolitana de Campinas) -possui 1.250 m², custou R$ 1,88 milhão, sendo R$ 1,652 mi proveniente da cobrança pelo uso da água e R$ 234,2 mil de contrapartida da Coden. A cobrança pelo uso da água é gerenciada pela Fundação Agência das Bacias PCJ, cuja decisão de distribuição é feita pelos Comitês PCJ. “Quando assumimos a Prefeitura, em 2013, apenas 7% do esgoto da cidade era tratado. Trabalhamos, investimos e hoje 100% dos efluentes domésticos coletados recebem tratamento. A ampliação do volume tratado provocou, consequentemente o aumento da quantidade de lodo de esgoto [resíduo gerado durante o processo], elevando nossas despesas com o aterro particular ao qual destinamos. Aí, resolvemos instalar a usina, para que possamos diminuir custos e fazer uma operação 100% sustentável”, afirmou o prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza.