O faturamento do comércio em Campinas, em junho,  foi  22,03% maior do que em maio de 2021 e aumentou em 6,10% em relação a junho de 2020. A avaliação é do economista Laerte Martins, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), com base nos dados do SCPC – Boa Vista.

No acumulado do ano (janeiro a junho de 2021), a perda do comércio varejista na Região Metropolitana de Campinas foi de R$ 294,8 milhões. Considerando que nos cinco meses anteriores – de janeiro a maio de 2021 – as perdas haviam somado R$ 402,2 milhões.

O economista estima que a ampliação do funcionamento do comércio até as 23h, desde o dia 9 de julho, proporcionará um aumento de 4,3% na movimentação financeira do varejo no mês, principalmente porque a ocupação permitida nos estabelecimentos por clientes passou de 40% para 60%.

O aumento das vendas em julho conseguiu reduzir os prejuízos no primeiro semestre em R$ 107,4 milhões. Mesmo assim, avaliando o período de janeiro de 2020 a junho de 2021, os prejuízos do comércio somam R$ 5,589 bi.

A partir de maio de 2021, quando as atividades não essenciais do comércio puderam ampliar o horário de funcionamento, o volume de vendas  começou a crescer. O processo de crescimento continuou em junho, sendo mais ativo, ainda, conforme a flexibilização do horário de funcionamento das lojas e com o aumento da capacidade de atendimento. Destaca-se, no período, a movimentação financeira com as compras para o Dia dos Namorados, que apresentou uma expansão de 5,32% sobre as vendas para a data em 2020.

“O quadro do fechamento do 1º Semestre de 2021 mostra que o varejo de Campinas e região apresentou uma pequena melhora, principalmente pela ampliação do horário de funcionamento e do aumento da capacidade de atendimento nas lojas. A perspectiva para o próximo semestre é positiva. Com a intensificação da vacinação contra a Covid-19, acreditamos fechar o ano com o aumento das vendas no comércio”, avalia o economista Laerte Martins.

 

Faturamento por segmento

Nas Vendas Físicas, o faturamento de Campinas em junho de 2021 foi de R$ 926,2 milhões, representando cerca de 106,39% do total faturado em junho de 2020. Na RMC, o faturamento foi de R$ 2,205 bi, representando cerca de 105,11% do faturado em junho do ano passado.

Nas Vendas de Bens Não Duráveis, os supermercados evoluíram em 12,3%, os postos de combustíveis aceleraram em 9,6% e, a drogarias e farmácias, 8,10%. Nas Vendas de Bens Duráveis, o setor de Materiais de Construção evoluiu em 4,2%, enquanto que o de Vestuário reduziu as vendas em 1,10%.

As Vendas de Serviços, Turismo e Transportes foram reduzidas em 5,15%, e o setor de Bares e Restaurantes sofreu queda de 10,55% no faturamento. Já as Vendas Digitais sobre o Varejo, (e-commerce) continuam em expansão e cresceram 20,5%, passando do faturamento de R$ 83,9 milhões de maio para R$ 101,1 milhões em junho de 2021.

A Inadimplência, no comparativo junho de 2021 X junho de 2020, teve uma pequena expansão de 0,5% em Campinas, correspondente a 114.489 carnês/boletos não pagos e que representam R$ 82,4 milhões em valores de endividados. Na RMC, foram registrados 272.593 carnês/boletos não pagos, que correspondem a R$ 196,3 milhões em valores de endividados, também na comparação entre junho de 2021 com junho de 2020.