As informações são da Boa Vista SCPC referentes a dezembro de 2020, em avaliação feita em função do nível de faturamento, e demonstram uma redução de 5,62% em Campinas, em relação a dezembro de 2019. No entanto, representam uma expansão de 120% em relação a novembro de 2020. A expansão de dezembro no volume de vendas sobre novembro, normalmente, é sempre o dobro por força do apelo do Natal, a melhor data para o comércio no ano. Entre janeiro e dezembro de 2020, em função da Covid-19, o volume de vendas foi 5,62% menor em Campinas, quando os dados são comprados ao mesmo período de 2019, e 6,10% também menor na Região Metropolitana de Campinas (RMC).
Na avaliação do período acumulado de janeiro a dezembro de 2020, o faturamento no comércio de Campinas e Região acumulou uma perda de R$ 5 bilhões, que representam uma queda de 13,67% em relação ao acumulado de 2019. Considerando apenas Campinas, a perda foi de cerca de R$ 2 bilhões, que significam uma queda de 13,33% em relação ao mesmo período de 2019. “Para 2021, espera-se que, com o advento das vacinas, possamos reverter os efeitos maléficos da Covid-19 e tenhamos um ano mais promissor”, diz o economista Laerte Martins. Os destaques de dezembro de 2020 foram a queda de 23,41% na contratação de mão de obra temporária para o Natal e a redução de 3,87% no valor médio do presente, que baixou de R$ 310,00 em 2019 para R$ 298,00, em 2020.
Nas vendas físicas nas lojas de Campinas, em dezembro de 2020 o faturamento foi de aproximadamente R$ 2,5 bilhões, que representam 94,68% do faturado em dezembro de 2019. Já na RMC, o faturamento foi de R$ 5,9 bilhões, um movimento financeiro que corresponde a 93,90% do faturado em 2019. Na categoria de “Bens não Duráveis”, as vendas nas drogarias e farmácias tiveram expansão de 3,5% e o comércio de produtos nos supermercados e hipermercados evoluiu em 14,1%. Já nos postos de gasolina, as vendas sofreram redução de 13,5% em dezembro de 2020, na comparação com o ano anterior. Na categoria de “Bens Duráveis”, o comércio de materiais de construção evoluiu 32,5% e o setor de móveis e de lojas de departamentos cresceu em 5,35%, enquanto o setor de vestuário sofreu redução de 13,5%. A categoria de “Serviços” sofreu redução de 52,2%, destacando-se a queda de 29,5% nos setores de turismo e transportes e o mesmo percentual no setor de bares e restaurantes.
Inadimplência
A inadimplência, em Campinas, no comparativo dezembro com novembro de 2020, teve uma expansão de 14,34%, e de 100,68% entre dezembro de 2020 e dezembro de 2019. De acordo com o economista Laerte Martins, diretor de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), o motivo foi o registro do aumento das vendas a prazo maior do que o pagamento das contas atrasadas.
No acumulado do ano (janeiro a dezembro de 2020) contra o mesmo período do ano passado (2019), o nível da inadimplência elevou-se em 1,95%. Foram 233.190 carnês/boletos não pagos em 2020 contra 228.730, em 2019, o que resulta num total de 4.460 a mais de contas não pagas no comparativo entre os dois últimos anos. Quanto aos inadimplentes, eles somaram 662.904 pessoas em 2020, contra 638.636 em 2019, representando uma expansão de 3,80%.
E-commerce
As vendas digitais sobre o varejo (e-commerce), continuaram em expansão e cresceram 52,1%, registrando R$ 230,5 milhões em dezembro de 2019 e R$ 350,4 milhões em dezembro de 2020. No ano de 2020 as vendas pela internet somaram R$ 750 milhões, contra R$ 382 milhões em 2019, totalizando uma expansão de 50,93%.