Com os carros flex no mercado brasileiro, o planejamento de abastecimento de frotas pode ser flexibilizado. É importante analisar, além da variação de preço entre as diferentes opções nos postos, o desempenho do veículo com cada uma delas para fazer um bom planejamento e escolher o melhor tipo de combustível a longo prazo.

O etanol é vantajoso em trânsitos truncados, em que o carro anda um pouco e logo para novamente, pois tem melhor arrancada. Já com a gasolina o carro consegue andar mais quilômetros sem precisar de novo abastecimento.

O debate entre gasolina e etanol é também geográfico. Um e outro são mais vantajosos a depender do estado onde são consumidos. O ideal para tomar uma decisão é que seja feita uma análise mensal considerando os preços atualizados e avaliando o custo do quilômetro de cada combustível, além de uma revisão sempre que ocorrerem oscilações de preço, como por exemplo em períodos de entressafra.

Para calcular o comparativo entre os dois combustíveis, basta dividir o preço do etanol pelo da gasolina. É um processo simples e que não exige mais que uma calculadora: se a porcentagem do custo por quilômetro do etanol for menor que 75% (0,75) do valor da gasolina, compensa encher o tanque com o etanol. Se for maior, vale mais a pena escolher a gasolina. Historicamente, temos registros de estados onde o etanol permanece mais vantajoso em boa parte do ano, como Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso.

A gasolina, ainda assim, é o tipo de combustível mais usado em veículos no Brasil, e oferecida nos postos na opção comum ou aditivada. Nesta comparação, a opção aditivada é melhor porque, com seus componentes químicos adicionados, ela ajuda a limpar o motor, o sistema de combustível e os bicos injetores, resultando em uma melhora no desempenho e na eficiência do veículo.

A economia gerada pela gasolina aditivada é explicada pelo fato de que, quando o motor fica sujo, ele pode perder rendimento e aumentar o consumo de combustível.