O mês de novembro é marcado pelo Dia da Consciência Negra (20/11),
data que propõe a intensificação do debate sobre o racismo e suas implicações. Entendendo que a conscientização passa, também, pela construção da bagagem cultural, Ana Claudia de Souza, bibliotecária do Senac Americana, defende a importância da diversidade literária e difusão de obras escritas por autores negros. Ela dá dicas de cinco livros que considera essenciais e reforça que todos estão disponíveis na biblioteca da unidade, que é aberta à comunidade.
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Ana explica que quando a leitura desses escritores é conhecida e incentivada, é, também, ampliada a representatividade e voz da comunidade negra, que foi historicamente silenciada. Além disso, contribui para enriquecer a compreensão de mundo do leitor.
“É uma ótima oportunidade para começar a ler mais autores negros, conhecer diversas realidades e refletir sobre o passado e o presente, para que possamos construir um futuro diferente do que temos agora”, defende a bibliotecária.
Cinco livros escritos por autores negros para entender o racismo no Brasil
Para quem deseja ampliar o seu repertório, a bibliotecária dá dicas de cinco livros que considera essenciais:
Racismo estrutural (Silvio de Almeida) – Alertando sobre costumes naturalizados, a obra mostra como o racismo é praticado de forma estrutural no país. Ou seja, como o preconceito e a discriminação racial estão consolidados na própria organização da sociedade. É um livro com grande potencial informativo e reflexivo, excelente para quem deseja repensar alguns hábitos e suas implicações.
Lugar de fala (Djamila Ribeiro) – Nesta obra Djamila Ribeiro desmistifica o conceito de lugar de fala, isto é, explica que a situação de vida que cada pessoa ocupa socialmente, faz surgir diferentes perspectivas sobre um mesmo tema. Desta forma, o livro defende a importância de se ouvir essas diversas vozes, porque tão importante quanto “o que” se fala é, também, “quem” fala.
Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil (Sueli Carneiro) – A autora nos convida a refletir criticamente a sociedade brasileira, explicitando de forma contundente como o racismo e o sexismo têm estruturado as relações sociais, políticas e de gênero no país.
Jeremias: Pele – Para quem gosta de histórias em quadrinhos, este é um livro para toda a família. Numa reinterpretação ousada, porém necessária, o roteirista Rafael Calça e o desenhista Jefferson Costa dão vida a uma história forte, dura e emocionante, na qual Jeremias lidará pela primeira vez com o preconceito por causa da cor da sua pele. A história é recheada de superação, aprendizado e preparação para a vida.
Amoras (Emicida) – Por fim, uma obra infantil, no qual o rapper Emicida conta uma história cheia de simplicidade e poesia. O livro mostra a importância de nos reconhecermos nos pequenos detalhes do mundo e nos orgulharmos de quem somos – desde criança e para sempre.
Para quem se interessou, Ana Cláudia ressalta que a biblioteca do Senac é aberta à comunidade e para consultar o acervo no local, não há necessidade de inscrição. Exceto para pessoas vinculadas ao Senac (alunos, docentes e funcionários), quem desejar fazer empréstimos de livros, o cadastro é realizado diretamente no local. Para isso, é necessário apresentar documento de identidade, CPF e comprovante de residência (todos originais). Mais informações sobre o regulamento para empréstimos podem ser obtidas diretamente na biblioteca da unidade ou acessando o site do Senac.
Serviço:
Senac Americana
Endereço: Rua Dr. Angelino Sanches, 800 – Vila Gallo – Americana/SP
Informações: https://www.sp.senac.br/senac-americana
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