Em nota enviada ao NM, construtora Gallo Lourenço não fala em prazos, mas afirma estar ativa e possuir materiais para término de obras

Após reportagem, a construtora Gallo Lourenço entrou em contato com o Novo Momento e se posicionou a respeito das reclamações de compradores de apartamentos do Residencial Dinamarca, em Nova Odessa. Conforme matéria publicada na terça-feira (30).

+ NOTÍCIAS NO GRUPO NM DO WHATSAPP

Através da advogada Ariane, a Gallo Lourenço explicou que “as obras em questão encontram-se com mais de 76% de execução, contando inclusive com materiais já adquiridos e em estoque para o avanço e conclusão dos trabalhos”. Ou seja, que as obras devem ser concluídas – ainda que não tenha falado dos motivos pelos atrasos e nem prazo para terminar.

“Reiteramos que temos mantido diálogo individual com todos os clientes e, na grande maioria dos casos, temos recebido compreensão em relação à extensão do prazo necessária”, detalha a construtora. A informação passada é que as obras vêm sendo realizadas com recursos próprios, sem qualquer financiamento bancário.

construtora Gallo Lourenço

Além disso, a Gallo Lourenço frisou que está em atividade e “não medindo esforços para concluir as obras em andamento e realizar as respectivas entregas de chaves”. Por fim, a empresa diz: “Agradecemos a compreensão de todos e reforçamos nosso compromisso com a qualidade e a entrega das unidades com excelência”.

Entrega

Conforme reportagem do NM, a promessa inicial de entrega do empreendimento na Avenida João Pessoa era maio de 2023, mas houve paralisações – principalmente na época da pandemia – e incertezas que atormentam a vida de quem pagou valores altos pelos imóveis.

As pessoas começaram a adquirir imóveis na planta por volta de 2019. Os compradores perceberam que os trabalhos estavam caminhando a passos lentos até paralisar. Desde então existem queixas da presença cada vez mais escassa de operários no canteiro de obras. No final de 2024, os compradores foram chamados pela Gallo Lourenço para uma reunião. A empresa teria alegado problemas financeiros e propôs um aditivo no contrato.

O prazo então foi prorrogado por mais 12 meses, com término previsto neste mês de outubro de 2025. Com o novo atraso, vários compradores procuraram auxílio jurídico, podendo pleitear na Justiça desde indenizações por danos morais e materiais até a rescisão contratual por não cumprimento unilateral das cláusulas.

A reportagem constatou na internet que existem mais de 70 processos contra a empresa, sediada no bairro Frezzarin, em Americana. Além disso, haveria empreendimentos na cidade-sede na mesma situação que o Residencial Dinamarca. O site da construtora inclusive está fora do ar. Além do Residencial Dinamarca, a construtora anunciava empreendimentos como Infinity Residence, Evidence Residence e Life Gold.

Segundo compradores, até meses atrás era possível ver anúncio do Residencial Dinamarca dizendo: “lançamento em Nova Odessa, compre na planta, a partir de R$ 480 mil”. Em redes sociais, alguns consumidores compartilham críticas duras à construtora, chegando a dizer palavras como “golpe”, “vergonha” e “absurdo”, cobrando solução imediata ou responsabilização da empresa.

Leia + sobre  economia, emprego e mercado