Depois de recuar por quatro vezes seguidas, a confiança dos consumidores paulistanos voltou a aumentar em julho. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da cidade de São Paulo cresceu 2% no mês, aos 109,5 pontos. Na comparação com julho de 2013, no entanto, o indicador seguiu trajetória de queda (-19,9%).
Apurado mensalmente pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), o índice revela a percepção das pessoas sobre a situação da economia e é usado tanto pelos comerciantes, quanto pela indústria como balizador para novos investimentos. Varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
Entre junho e julho, apenas os homens diminuíram a confiança, com recuo de 0,8% no indicador, aos 112,7 pontos. Para todas as demais segmentações, o otimismo foi ampliado no período. Tiveram destaques as mulheres, cuja confiança cresceu 5,2%, atingindo os 106,4 pontos; os paulistanos que ganham a partir de dez salários mínimos, com aumento do indicador em 4,5%, chegando aos 105 pontos; e as pessoas com 35 anos ou mais, marcando 102,4 pontos, após elevação de confiança de 2,3%.
Os dois subíndices que compõem o indicador de confiança tiveram desempenhos opostos de junho para julho. Enquanto o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) caiu 1,5%, aos 109,2 pontos, o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), cresceu 4,5%, atingindo os 109,8 pontos.
Uma situação que, na análise da Entidade, reflete a realidade atual de consumidores cada vez menos confiantes com a situação social e econômica do país – influenciado pela evolução mais lenta da renda real e da alta dos juros -, mas ligeiramente mais otimista quanto ao futuro. Por coincidência estatística, ambos os índices descreveram queda de 19,9% no período de um ano. O mesmo porcentual de variação anual, inclusive, do ICC.