Que consumir energia de forma consciente é bom para o futuro do planeta e para o bolso dos consumidores, todo mundo já sabe. Mas o que muita gente desconhece é que diminuir o consumo de energia também pode significar uma redução no valor de impostos pagos na conta de luz, que, junto com os encargos setoriais, representam até 46% do total da fatura de energia.
Um dos principais impostos que incidem sobre a conta de luz é o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos governos estaduais. Os seus percentuais de incidência são calculados por faixa de consumo em kWh, conforme a classe da unidade consumidora. No caso da classe residencial no Estado de São Paulo, se o consumo foi de 0 a 90??? kWh, o cliente está isento do imposto; de 91 a 200 kWh???, a alíquota será de 12%; e se consumir acima de 200 kW/h, a alíquota vai chegar a 25%. Ou seja, quanto mais consumir energia, mais imposto será pago.
A maneira como o ICMS é calculado mostra a importância de o consumidor praticar o consumo consciente de energia a todo momento. Usando como referência um cliente residencial de Campinas, área de concessão da CPFL Paulista, com consumo de 200 kWh, o valor da conta de luz será de R$ 137,24, tendo em vista a alíquota de ICMS de 25%. Se este mesmo consumidor for capaz de diminuir o seu consumo para 199 kWh, reduzindo a alíquota de ICMS para 12%, a sua fatura cai para R$ 117,02. Ou seja, 1 kWh a menos traz uma economia mensal de 15%, ou R$ 20, o que, em um ano, equivaleria a R$ 240, praticamente o valor de duas contas de energia.
Outro exemplo seria o caso de um cliente residencial em Campinas que consome até 91 kWh, cuja alíquota é de 12%, a conta de energia é de R$ 59,25. Se o consumo for reduzido para 90 kWh, o consumidor fica isento de ICMS e a fatura cai para R$ 52,68. Ou seja, 1 kWh a menos traz uma economia mensal 11,08%, ou R$ 6,57, o que, em um ano, equivaleria a R$ 78,84, superior ao valor de uma conta de luz.