Turmas do Ensino Fundamental – Anos Iniciais do Colégio Marista Glória, localizado na Zona Central de São Paulo (SP), estão promovendo encontros entre estudantes de diferentes idades para contar histórias e conversar sobre literatura.

Os livros utilizados pelos grupos são os indicados para leitura em cada período escolar. Porém, essa troca não estava sendo possível em decorrência das aulas em modelo remoto. Com a proposta, a intenção das professoras foi de devolver um “movimento” à escola, fazendo com que as crianças pudessem reviver o gosto por se encontrarem. A atividade presencial obedeceu aos protocolos de saúde preconizados para combate à covid-19.

De acordo com uma das professoras responsáveis pela atividade, Tânia Regina da Cruz dos Santos, a intenção é trazer para as crianças histórias que relembram a trajetória dos seus antepassados. “Esses encontros visam resgatar as relações pessoais, perpassadas pela literatura. É uma maneira de, pela oralidade, recuperar sonhos e formar a subjetividade de cada um deles”, esclarece.

Alguns dos livros lidos e levados para discussão foram: Virando a Página, de Leo Cunha e Tino Freitas, Breve história de um pequeno amor, de Marina Colasanti, Além da Chuva, de Fernando Vilela e Michel Gorski, O urso contra o relógio, de Jean-Luc Fromental, Jujubalândia, de Mariana Caltabiano, Bruxa, Bruxa – Venha à minha festa, de Arden Druce, entre outros.

“O trabalho entre as séries mostrou o empoderamento dos alunos. Eles se sentiram realizados ao serem os protagonistas de todo o processo. O respeito dos expectadores também foi maravilhoso”, afirma a professora Andrea Castelain.

Uma equipe, formada pelas alunas Sofia F. de S. Cavalheiri, Sofia Rocha e Maria Luiza S. Gonçalves, escolheu para leitura o livro “Malala: a menina que queria ir para a escola”, escrito por Adriana Carranca, que conta a história de Malala Yousafzai, uma garota paquistanesa que quase perdeu a vida por querer estudar. Além de ser a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel da Paz, tornou-se um grande exemplo de como uma pessoa e um sonho podem mudar o mundo. As estudantes se vestiram como a personagem e visitaram as salas para espalhar a mensagem de esperança e determinação contidas no livro que escolheram.

“Foi muito corajoso a Malala enfrentar o Talibã e lutar pelos seus direitos”, afirma Sofia F. de S. Cavalheiri, de 10 anos.