(Reuters) – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin negou na noite de domingo pedido do deputado suspenso Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para suspender a votação na Câmara que pode levar à cassação de seu mandato, marcada para esta segunda-feira, informou o tribunal.
Fachin negou a liminar e pediu informações à Câmara sobre os procedimentos adotados no processo de cassação. A defesa de Cunha argumentou que não deveria ser apresentado em plenário o parecer aprovado no Conselho de ??tica, mas sim um projeto de resolução, que permitiria emenda e destaques, dando espaço para a proposta de uma punição mais branda ao peemedebista.
O parecer pela cassação de Cunha afirma que o ex-presidente da Câmara mentiu à CPI da Petrobras ao negar que tivesse contas bancárias no exterior. ?? época ele disse ter apenas as contas declaradas em seu imposto de renda. No entanto, documentos dos Ministérios Públicos do Brasil e da Suíça apontaram posteriormente a existência de contas no país europeu que tinham Cunha e familiares dele como beneficiários.
O deputado, que também responde a duas ações penais no STF, nega ter mentido e afirma ser beneficiário de um truste na Suíça.
Para cassar Cunha, que foi afastado do mandato parlamentar quando ainda presidia a Câmara por uma decisão do STF, são necessários 257 votos favoráveis ao parecer que recomenda a perda do mandato do parlamentar.