Caçar pokémon não é tarefa fácil: são mais de 150 monstrinhos, e alguns deles só podem ser encontrados em continentes específicos, como Ásia e Oceania. Lançado no Brasil na quarta-feira (03), o jogo de realidade aumentada funciona com um GPS, o que faz com que os aficionados saiam andando pelas ruas de olho na tela do celular e apelem pelas mais diferentes artimanhas para capturar o maior número de personagens. E é aí que mora o perigo.
Desde que o game Pokémon Go foi lançado em outros países e virou assunto também no Brasil, o Detran.SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) vem alertando, também de forma humorada nas redes sociais, sobre os perigos de acidentes de trânsito envolvendo a distração dos jogadores.
Antes de ser iniciado, o próprio jogo emite um alerta para que não se jogue Pokémon Go enquanto dirige. Nas últimas semanas, Austrália e Estados Unidos noticiaram batidas e atropelamentos enquanto os usuários caçavam pokémons. Um deles resultou na morte de uma garota de 22 anos. No Brasil a história se repete. Em Curitiba, no Paraná, um jovem foi atropelado na manhã desta quinta-feira (4) enquanto jogava.
A distração é um dos principais motivos deste tipo de acidente. Por isso o Detran.SP alerta: se quiser sair à caça de pokémons no trânsito, procure alternativas. Pesquisas mostram que usar o celular enquanto dirige ou caminha prejudica a capacidade de perceber e evitar perigos no trânsito, é como dirigir ou andar alcoolizado. Cuide primeiro da sua segurança ou corra o risco de não zerar o jogo e ainda por cima conquistar o prêmio Darwin (das mortes mais bizarras do mundo).
A criatividade do brasileiro já fez com que a febre se torne oportunidade de negócio. Empresas de transporte de passageiros, como táxis, já oferecem serviços especiais para que os jogadores cacem pokémons no trânsito sem se preocupar com a segurança. No Nordeste, um motoboy oferece seus serviços para rodar pela cidade com os gamers na busca por monstrinhos.
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