A economia brasileira iniciou o segundo trimestre com expansão, mostrou o Banco Central nesta sexta-feira, com o seu indicador de atividade registrando alta de 0,84 por cento em abril ante o mês anterior, mas ainda insuficiente para levar os agentes econômicos a cravarem que está em curso uma recuperação mais consistente da atividade.

O dado dessazonalizado de abril do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ficou um pouco acima das expectativas de analistas consultados pela Reuters com alta mensal de 0,80 por cento, mas mostrou desaceleração sobre o resultado de março, quando teve crescimento mensal de 1,07 por cento, número revisado de alta de 0,72 por cento..
Na comparação com abril de 2012, o IBC-Br –uma espécie sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB)– avançou 4,85 por cento, e acumula em 12 meses alta de 1,66 por cento, segundo os dados dessazonalizados do BC.

O desempenho da indústria e do varejo, que mostraram recuperação em abril, ajudaram na alta do IBC-Br no mês, mas o cenário pode não se sustentar. A produção industrial subiu 1,8 por cento em abril sobre março, para marcar o segundo mês seguido de crescimento, enquanto que as vendas no varejo avançaram apenas 0,5 por cento no período, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A economia brasileira mostrou sinais de que ainda cambaleava no primeiro trimestre ao crescer apenas 0,6 por cento, abaixo do esperado, segundo os dados do PIB divulgados pelo IBGE. O resultado oficial ficou bem abaixo daquele apontado pelo IBC-Br, segundo o qual o primeiro trimestre mostrou expansão de 1,22 por cento ante os três meses imediatamente anteriores, em dado também revisado após crescimento de 1,05 por cento reportado antes.
O desempenho ruim da indústria e do consumo recentemente afetou a atividade, apesar das diversas medidas de estímulo adotadas pelo governo, e consolidou as apostas de que o crescimento do PIB não atingirá 3 por cento neste ano, com economistas já falando em cerca de 2,5 por cento.
Reuters