Elon Musk decidiu colocar um ponto final em sua breve e turbulenta experiência no governo Trump. O bilionário sul-africano, que assumiu em janeiro o comando do Departamento de Eficiência Governamental (o curioso DOGE), anunciou nesta quarta-feira sua saída antecipada, pouco mais de quatro meses após assumir o cargo.
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Musk, que havia sido nomeado com a missão de cortar a gordura do orçamento federal, optou por deixar o governo antes mesmo de cumprir o mandato previsto de 130 dias. Como não poderia deixar de ser, o anúncio foi feito em sua plataforma preferida, a rede social X, onde agradeceu, com a formalidade típica, ao ex-chefe:
“À medida que meu período como Funcionário Especial do Governo chega ao fim, gostaria de agradecer ao Presidente Trump pela oportunidade”.
Mas, como quase tudo na trajetória de Musk, o comunicado elegante escondia um cenário muito mais conturbado. Fontes próximas ao empresário indicam que a saída foi motivada por uma crescente insatisfação com os rumos das políticas econômicas da administração Trump.
Elon Musk comandou DOGE
O grande objetivo de Musk à frente do DOGE era implementar cortes agressivos de gastos, algo que, na teoria, combinava com seu perfil de gestor avesso a excessos. Mas na prática, esbarrou na realidade política de Washington. Dos ambiciosos US$ 2 trilhões previstos em redução de despesas, Musk conseguiu aprovar cortes de apenas US$ 160 bilhões, um valor considerado modesto diante das expectativas.