Inesgotável, renovável e econômica, a energia solar tem ganhado espaço nas casas e condomínios de Campinas e região. Os painéis fotovoltaicos que concentram a luz solar disseminada e a convertem em energia utilizável tem sido uma saída para os consumidores que procuram alternativas à convencional energia elétrica. Nos últimos dez anos, o custo da energia solar apresentou uma queda de 70%, estatística que explica a presença de 3.851 instalações no Brasil em 2016, e reforça a expectativa de que até 2030, a energia solar corresponda a 10% da matriz energética nacional, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Em Campinas até o final do primeiro semestre de 2018, foram contabilizadas mais de 600 instalações de painéis fotovoltaicos, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Além disso, tratando-se de redução de gastos, a energia solar não perde para as demais, principalmente quando instaladas em condomínios, locais em que a economia se dá em escala. “Um sistema bem dimensionado por si só acaba abatendo todo o consumo que o cliente tem em sua conta de energia, gerando uma economia de mais de 90%, seja em uma residência, empresa, comércio ou indústria. Vale lembrar que em uma conta de energia não é cobrado apenas o consumo do cliente, existem tarifas que independem do consumo, como é o caso da tarifa de distribuição”, explica o engenheiro eletricista da Kraft Engenharia, Lucas Scarin.

“Uma residência de médio porte, que em média consuma 450 KWh/mês, chega a gastar mais de R$ 350,00 por mês com conta de energia, um sistema de geração de energia solar proporcionaria a essa residência 100% do seu consumo, então a ponta passaria a ser R$ 0,00 em relação ao consumo”, completa o profissional, ressaltando que o sistema gera uma economia que compensa por si só no custo do investimento.

Vantajosos não só no bolso, os painéis fotovoltaicos não exigem manutenção com grande frequência e podem ser instalados em todo o território brasileiro. “O melhor cenário para a geração de energia solar fotovoltaica seria com sol incidente, e em temperaturas mais amenas, isso faz com que o sistema tenha a luz solar, mas não se aqueça demais. Campinas é um lugar bom para esse tipo de geração, pois apresenta condições similares às descritas acima, o que acaba tornando os sistemas mais eficientes”, ressalta o engenheiro.

 
INCENTIVO FISCAL

Com o intuito de incentivar os moradores a aderirem ao sistema de energia solar, algumas cidades aderiram ao IPTU Verde, uma política pública que promove descontos de 10 a 100% no carnê de IPTU aos adeptos. Araraquara e Americana já aderiram ao IPTU Verde. Em Campinas, a política não está em vigor, mas ainda assim não faltam motivos para que os consumidores optem pela fonte sustentável. “O sistema não agrava em nada o ecossistema, pois não emite CO2, não há necessidade de desmatamento, uma vez que a pretensão de instalação é sempre no telhado dos imóveis (residência, empresa, comércio, etc). Outro ponto é a vida útil de um sistema como esse, podendo ser de até 25 anos dependendo do fabricante”, diz o especialista.