Expedição Bééé Brasil visita IZ
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Na última semana o Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, foi contemplado com a visita da Expedição Bééé Brasil, que veio ao Instituto conhecer a Unidade de Ovinos do IZ, em Nova Odessa-SP.
Na ocasião, a pesquisadora do IZ Flávia Maria de Andrade Gimenes falou sobre as pesquisas na área de pastagem, como desenvolvimento de novos cultivares, consórcio de gramíneas com leguminosas e manejo adequado do pasto que têm contribuído para melhoria da alimentação dos animais, da qualidade do solo e da redução de impactos ambientais. “Com o manejo correto do pasto com gramíneas e leguminosas, economizamos na adubação nitrogenada e melhoramos a nutrição dos ovinos”, afirmou Flávia. Além das pastagens a pesquisadora também apresentou o laboratório de Bromatologia, onde são realizadas as análises das forragens e outros alimentos e rações. “O produtor tem que saber o que está fornecendo para os animais, se a alimentação está suprindo as necessidades nutricionais ou se está desperdiçando nutrientes, e para isso precisamos fazer análises dos alimentos”, comentou.
Os pesquisadores Mauro Sartori Bueno e Ricardo Lopes Dias da Costa, especialistas em ovinocultura, apresentaram o setor de ovinos do IZ e suas principais pesquisas. Costa destacou a importância do estudo das Pancs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) na alimentação de ovinos, principalmente as pesquisas que estão sendo realizadas com Moringa oleífera, Thitonia diversifolia e Gliricídia sepium. O uso dessas plantas, seja in natura ou conservadas, pode melhorar a qualidade nutricional da alimentação dos ovinos, com diminuição do custo de produção.
Costa também apresentou o galpão onde são realizados os Testes de Eficiência Alimentar de ovinos, utilizando cochos eletrônicos de medição de consumo alimentar e hídrico, com registros 24 horas por dia, além do peso dos animais e dados de comportamento ingestivo. “Com as análises destes dados conseguimos selecionar os animais que consomem menos alimento e menos água para um mesmo ganho de peso. Em nossos testes, animais mais eficientes comem, em média, 30% a menos para alcançar o mesmo ganho de peso. Estes animais, machos ou fêmeas, devem ser selecionados para serem usados como reprodutores e matrizes que vão gerar filhos mais eficientes, tornando a ovinocultura mais rentável e sustentável”, detalhou o pesquisador.
Já Bueno ressaltou a importância do IZ na transferência de tecnologias para ovinocultura paulista e do país. “Há mais de um século a Instituição trabalha no desenvolvimento de tecnologias para a Zootecnia. Sempre buscamos encontrar as respostas para os desafios encontrados pelos pequenos e médios produtores. Contribuímos para o desenvolvimento de muitas práticas que hoje já são consolidadas na ovinocultura. Incentivamos o sistema intensivo, com utilização de pastagem bem manejada para determinadas categorias, como a de fêmeas, e o confinamento de categorias que vão produzir melhor no confinamento, como fêmeas no pós-parto e cordeiros”, pontuou.
O pesquisador também apresentou o laboratório de carne, onde são realizados cortes e avaliações da qualidade da carne. “A qualidade da carne faz parte das avaliações de muitas pesquisas que realizamos. Em uma pesquisa com alimentos, por exemplo, precisamos saber se pode interferir na composição nutricional da carne ou na maciez”, relatou Bueno. Neste laboratório é realizado anualmente o “Curso de Avaliação de Carcaça, Cortes Comerciais e Produtos Processados de Carne Ovina”, que tem contribuído para formação e treinamento de técnicos, produtores rurais e estudantes.
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