A Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confecções do Estado de São Paulo, coordenada pelo deputado estadual Chico Sardelli (PV), esteve reunida nesta quinta de manhã (05/11) na Assembleia Legislativa. A situação é crítica para o setor, que enfrenta fechamento de empresas, evasão para outros Estados que oferecem mais incentivos e demissões, por isso a busca de alternativas junto ao governo do Estado.
Sardelli agendará uma audiência com o secretário estadual da Fazenda, Renato Vilella, para a próxima semana, com a participação das entidades sindicais patronais. Na reunião de hoje foi destacada a importância da indústria têxtil e vestuário no Estado de São Paulo, os pleitos feitos à Secretaria da Fazenda há 2 anos e ainda não atendidos e a necessidade de um encaminhamento político para as reivindicações do setor.
O encontro teve a presença também do deputado Davi Zaia, do presidente do Sindivest, Ronald Moris Masijah, do presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Bonduki, do diretor do Sinditêxtil, Oswaldo Oliveira, e Haroldo Silva, economista da Abit.
O Sinditêxtil-SP divulgou recentemente números do setor têxtil e de confecção paulista coletados durante os oito primeiros meses deste ano (janeiro a agosto). No que diz respeito a empregos, o setor têxtil e de confecção paulista já acumula 14.118 demissões, nos primeiros oito meses de 2015, contra 1.465 empregos gerados no mesmo período de 2014. O saldo de postos de trabalho em agosto foi negativo em 3.993, contra 666 negativos em igual mês do ano passado.
Alfredo Bonduki alerta que, somente neste ano, o setor deve desempregar mais de 100 mil trabalhadores em todo o país. De janeiro a agosto deste ano, na comparação com igual período de 2014, a produção física do segmento têxtil do Estado de São Paulo teve queda de 12,1% e a do vestuário, de 14,8%. A indústria de transformação como um todo apresentou recuo de 9,7%. Já no comparativo entre agosto de 2015 e agosto de 2014, o setor têxtil apresentou queda de 20,8% e o de vestuário teve queda de 18,4% em sua produção.
O Sindivestuário também divulgou que mais de 350 confecções fecharam as portas no Estado de janeiro a setembro deste ano. Muitas estão com as máquinas paradas porque tiveram que demitir e reduzir a produção. (Com informações do Sinditêxtil-SP e Sindivest)