O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aprova a decisão tomada na noite desta quarta-feira (25/10) de reduzir a taxa Selic em 0,75 pontos percentuais. Com esse novo corte, a taxa básica de juros da economia brasileira diminui para 7,5% ao ano, se aproximando do mínimo histórico de 7,25% que vigorou no início de 2013, quando havia uma maior pressão inflacionária.
Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a conjuntura atual proporciona maior segurança para um ciclo mais duradouro de queda dos juros. A trajetória bem comportada da inflação e o alto nível de ociosidade nas empresas justificam novos cortes, ainda que em ritmo menor que nas quatro últimas reuniões do Copom. “A vantagem do atual momento econômico é que além de a inflação estar abaixo do centro da meta, as expectativas estão ancoradas, o que dá espaço para que as taxas de juros se mantenham em patamar baixo por um longo período”, explica Pellizzaro Junior. Mesmo com a redução do ritmo de queda da selic, que indica uma aproximação do fim do ciclo, a expectativa do SPC Brasil é de que a taxa atinja o mínimo histórico ainda esse ano, com mais um corte em dezembro. Não se descarta inclusive novos cortes em 2018, mas isso dependerá da agenda de reformas fiscais que ainda tramitam sem a velocidade adequada no Congresso e também do risco eleitoral do próximo ano.