(Reuters) – A candidata democrata a presidente dos Estados Unidos, Hillary Clinton, tem uma vantagem de quatro pontos percentuais sobre o rival republicano, Donald Trump, e o seu recente período com pneumonia parece não ter espantado os seus simpatizantes, de acordo com uma nova pesquisa Reuters/Ipsos.
O levantamento realizado entre 9 e 15 de setembro mostrou que 42 por cento de prováveis eleitores apoiavam Hillary, enquanto 38 por cento favoreciam Trump. Hillary, que tem liderado a pesquisa pela maior parte do tempo desde as convenções nacionais republicana e democrata terminadas em julho, reconquistou a vantagem nesta semana depois que a sua liderança brevemente murchou no fim de agosto.
Hillary tem vantagem entre minorias, mulheres, pessoas que ganham mais de 75 mil dólares por ano e aqueles de tendência política moderada. Trump tem vantagem entre brancos, homens, entre os muito religiosos e as pessoas perto da idade de se aposentar.
No geral, os norte-americanos parecem não muito inspirados em relação às suas opções para presidente com menos de oito semanas antes do pleito. Um em cada cinco prováveis votantes afirmou que não apoiava nem Hillary nem Trump. Num momento similar da campanha presidencial de 2012, um em cada dez prováveis votantes não favorecia nem o presidente Barack Obama nem o seu adversário republicano, Mitt Romney.
Os entrevistados responderam à pesquisa depois da divulgação do vídeo que mostra Hillary quase caindo numa cerimônia em memória do 11 de Setembro em Nova York no domingo. Depois, a sua campanha declarou que ela tinha uma pneumonia bacteriana não contagiosa.
O vídeo provocou a retomada da discussão sobre a saúde dos dois candidatos. Trump, de 70 anos, seria o presidente mais velho a assumir o cargo, enquanto Hillary, 68 anos, seria a segunda mais velha.
Desde então, os dois candidatos divulgaram detalhes da sua saúde pessoal. Os médicos de Hillary afirmaram que o seu exame físico foi normal, tirando a pneumonia, e que ela estava em condição mental excelente. Trump divulgou uma nota do seu médico dizendo que ele estava com ???saúde física excelente???.
Os norte-americanos não parecem estar muito preocupados com a saúde dos candidatos. De acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos separada feita nesta semana, a maior parte afirmou que o tema não faria diferença na hora de votar.
Uma porcentagem mínima dos simpatizantes de Hillary afirmou que preocupações sobre a saúde da candidata tornaram o voto nela ???menos provável???.
A pesquisa Reuters/Ipsos é conduzida online em todos os 50 Estados. A pesquisa sobre a corrida eleitoral ouviu 1.579 prováveis eleitores na última semana. O levantamento sobre a saúde dos candidatos ouviu 1.179 norte-americanos adultos de 12 a 16 de setembro. As duas pesquisas têm um intervalo de credibilidade de três pontos percentuais.