Esse é o resultado da ADL feita este mês pela Prefeitura para verificar a quantidade de larvas do mosquito encontradas em imóveis residenciais
O nível de infestação de Aedes aegypti está baixo em Hortolândia. A prova disso é que a Prefeitura finalizou a Análise de Densidade Larvária (ADL). O resultado obtido foi 0.3. A ação foi realizada pela Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), órgão da Secretaria de Saúde durante este mês.
A ADL é a contagem de larvas de Aedes aegypti encontradas nas casas visitadas pelas equipes da UVZ. A ação é feita por amostragem. De acordo com o órgão, são visitados, em média, 600 imóveis em cada uma das cinco regiões que compõem a cidade, totalizando 3.000 imóveis visitados. A definição dos quarteirões a serem percorridos pelas equipes é feita por sorteio.
As equipes visitam as casas dos moradores para investigar locais onde podem haver larvas do Aedes aegypti e eliminá-las, assim como os criadouros onde foram encontradas as larvas.
Ainda durante a ação, os agentes recolhem, identificam e contabilizam algumas das larvas para gerar o Índice de Breteau, que mede a quantidade de larvas encontradas. O índice é dividido em três escalas:
– de 0 a 1: baixo
– de 1 a 4: médio
– Acima de 4: alto
Em outubro do ano passado, a UVZ realizou a ADL e o índice obtido foi de 1.5, considerado médio. A ADL é feita, habitualmente, três vezes durante o ano: em janeiro, julho e outubro.

MUDANÇA CLIMÁTICA
De acordo com o veterinário da UVZ, Evandro Alves Cardoso, o índice medido neste mês foi baixo em razão do clima.
“O índice medido foi baixo por influência da mudança climática. Este ano houve atraso no início da época de chuvas mais volumosas, que caracteriza o período primavera/verão. Geralmente, a época de chuvas começa no final de setembro. Só tivemos chuvas em maior quantidade a partir da segunda quinzena deste mês”, explica o veterinário.
Outro fato importante constatado durante a ADL foi a grande quantidade de recipientes com água encontrados nas casas visitadas pelas agentes da UVZ.
“Em muitos desses criadouros não foram encontradas larvas de Aedes aegypti. Acreditamos que isso possa ter ocorrido em função de não ter havido tempo suficiente para as larvas se desenvolverem. Mesmo assim, é necessário que continuemos vigilantes”, salienta o veterinário, reforçando que a tendência é de o órgão realizar outra ADL em dezembro, que é quando começa o verão.
O especialista reforça o alerta para que a população fique atenta sempre após o término de uma chuva para verificar se houve formação de criadouros com água e eliminá-los. Água parada é a condição favorável para que a fêmea do Aedes aegypti deposite os ovos que dão origem a mais mosquitos.
BUSCA ATIVA E MONITORAMENTO
Com a conclusão da ADL, a UVZ retomou a ação semanal de busca ativa em diferentes regiões da cidade. Nesta semana, as equipes percorreram a região do Jardim Terras de Santo Antonio.
Ainda esta semana, outra equipe do órgão executou o monitoramento das armadilhas contra Aedes aegypti instaladas em residências na região do Jardim São Sebastião.
Hortolândia participa de um projeto-piloto de armadilhas contra Aedes aegypti, iniciado em março deste ano. O projeto foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde e implantado em âmbito nacional. Já no primeiro monitoramento realizado, a UVZ comprovou a eficácia das armadilhas.
De acordo com a UVZ, este ano o município registra 20.463 casos notificados de Dengue, dos quais 6.949 casos positivos e oito óbitos confirmados. Já de Chikungunya são 34 casos notificados, sendo um caso positivo e nenhum óbito. Este ano o município ainda não registra nenhum caso de Zika.