Até esta sexta-feira (30), última semana de outubro, o Ibovespa está tendo seu pior período desde o mês de março, caindo cerca de 7,40% De acordo com o sócio fundador da iHub Investimentos, Paulo Cunha, desde o início do mês a bolsa vinha com uma sequência de três semanas de alta, atingindo novamente a marca de 100 mil pontos. Porém, nesta última semana de outubro, o cenário mudou atingindo a pontuação de 93.771,60.
“O cenário externo colaborou para a aversão ao risco aumentar e uma possível nova parada da economia. Isso resultou, até o momento, na pior semana desde março, além de uma das piores semanas do 2º semestre de 2020”, explica.
Além disso, aconteceu um impacto positivo na moeda americana, o dólar comercial subiu cerca de 2%, com venda a R$ 5,74, considerado o valor mais alto desde maio.
Como ficam os investimentos?
Apesar das preocupações, a queda parece exagerada e entra em contraste com os bons balanços das empresas que vêm soltando resultados no 3T (terceiro semestre de 2020), acima das expectativas do mercado. “Alguns investidores têm aproveitado o momento para comprar alguns papeis a preços mais baixos e a recomendação tem sido de não vender ou alterar de maneira significativa o portfólio”, afirma Cunha.
O índice Vix Americano, que mede a volatilidade do mercado, encostou 40,00 pontos e isso somente acontece quando o mercado passa por momentos de stress. Portanto, é um momento bastante incerto e demanda cautela. Por outro lado, a bolsa local e os fundos internacionais ligados às ações continuam sendo indicados para investidores de perfil moderado e agressivo.
“Algumas casas de análises continuam projetando a bolsa acima dos 100 mil pontos para o final de 2020. Quando tratamos do mercado de opções, por exemplo, a captura é feita de maneira mais forte a volatilidade das ações. Algumas opções de venda chegaram a se valorizar mais de 500% em poucos dias em meio a forte queda Ibovespa”, explica Paulo Cunha.