Influenza A, VSR e rinovírus lideram as infecções respiratórias
Desde o início do ano, foram registrados mais de 64 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que tendem a crescer nas estações mais frias e secas; entenda como diagnósticos rápidos e precisos podem ajudar com o tratamento mais adequado
Conforme esperado para os meses de outono e inverno, as infecções respiratórias seguem em alta no país. De acordo com o mais recente boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na última semana (22/05), a alta incidência dos vírus da Influenza A (gripe), do VSR (Vírus Sincicial Respiratório) e do rinovírus lideram os diagnósticos hospitalares. Ainda segundo o levantamento, no ano epidemiológico de 2025 já foram notificados mais de 64 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causados por algum agente viral em pelo menos 47,6% dos quadros.
Diante do aumento contínuo dos casos, muitas vezes com sintomas similares, e a alta demanda a ser absorvida pelas unidades de saúde, Allan Munford, gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos Sindrômicos da QIAGEN, explica que o maior desafio para as equipes médicas nesse período é conceder um diagnóstico rápido e preciso aos pacientes, a fim de evitar as superlotações dos hospitais e direcionar adultos, crianças e idosos ao tratamento mais adequado.
“As infecções respiratórias podem ser causadas por diferentes vírus e bactérias e costumam apresentar sintomas bastante parecidos, como tosse, febre, coriza, mal-estar, entre outros, o que dificulta o diagnóstico correto. Por isso, é tão importante que as unidades de pronto atendimento invistam em novas tecnologias, como os testes sindrômicos, que realizam exames capazes de detectar, de uma só vez, qual dentre os diferentes tipos de patógenos mais comuns é o responsável por cada diagnóstico. Esses testes mostram, inclusive, quando o paciente está infectado por mais de um tipo de agente ao mesmo tempo”, aponta o executivo.
Realizados por meio de PCR em tempo real – que identifica diretamente o DNA ou RNA do agente causador da doença – e indicados para as diferentes queixas respiratórias apresentadas pelos pacientes nas unidades de saúde, Munford explica que os testes sindrômicos fornecem resultados em cerca de uma hora, agilizando tanto o atendimento dos pacientes quanto o direcionamento para a conduta de tratamento mais adequada e eficaz.
“Existem, sim, testes específicos para Covid e Influenza e que podem ser feitos nas unidades hospitalares, mas com tantos vírus em circulação, ficamos com uma grande lacuna quando esses exames apresentam um resultado negativo”, explica.
“Quando pensamos nos testes sindrômicos e sua ampla abrangência diagnóstica, os ganhos são muito maiores, tanto aos pacientes quanto ao sistema de saúde em geral. A precisão dessas soluções pode ajudar a reduzir o tempo de permanência do paciente no hospital e evitar as internações desnecessárias, contribuindo para a redução das superlotações, aumentando a fluidez, e trazendo economia a todo o sistema, principalmente nessa época do ano”, salienta o executivo.
Outra contribuição importante desses exames, de acordo com Munford, é a administração e uso consciente de antibióticos; uma medida que contribui para tratamentos mais eficazes e evitam diferentes complicações, entre elas, a resistência microbiana.
“Identificando o exato agente causador da infecção respiratória, é possível definir o tratamento mais adequado. Nos casos em que o paciente esteja infectado por um vírus, por exemplo, a administração de antibióticos não é indicada, pois além de não surtir efeito, ainda é capaz de contribuir para a resistência aos medicamentos. Já em casos bacterianos, o uso precoce do remédio correto pode evitar as sequelas e a redução dos casos fatais”, conclui o executivo da QIAGEN.
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