Se você estava pensando em investir e a pandemia chegou com tudo, com certeza está se perguntando se prossegue com o plano, se muda a rota, se a palavra de ordem agora deve ser contenção. A verdade é que você não está sozinho nessa. Muitas dúvidas permeiam pequenos, médios e grandes investidores neste momento.

A incerteza em torno da COVID-19 congelou sonhos em vias de fato e aterrorizou outros em andamento. Mas há muitos investidores assanhados neste momento. A pergunta é: por quê? Uma das minhas citações favoritas de TS Eliot diz tudo: “Só os que se arriscam a ir longe demais são capazes de descobrir o quão longe se pode ir”.

Como empresário, convivo com riscos todos os dias. Comecei do zero, não sou herdeiro ou algo do tipo e trabalho desde criança. Nunca, repetindo, nunca, nem uma só vez ouvi dizer frases muito motivadoras sobre a economia do país. “Estamos em nosso melhor momento”, “Até que enfim a crise acabou”. Muito pelo contrário, até hoje a economia brasileira convive rotineiramente com crises e mais crises.

Caro leitor, saiba que, atrás deste empresário, há uma enormidade de famílias que dependem de estratégias certas para conseguirem seu sustento e, ainda, que há uma família que o espera todos os dias para jantar. Me compadeço das empresas em dificuldade, dos hospitais, das perdas imensuráveis pelas quais estamos passando, mas o assunto deste artigo não é esse. Entenda isso para que não lhe cause estranheza o fato de comparar crises econômicas à uma pandemia mundial. O intuito deste artigo é orientar quanto ao timing de investimento e não se trata de pesquisa médica ou científica. Sendo assim, você há de convir que sempre estivemos em crise, mas a notícia boa é que passamos por todas elas.

Percebendo isso, os investidores mais experientes estão incrivelmente ativos nesse momento. Puxando para o segmento de franquias, meu ramo principal de atividades, as facilidades são enormes para quem busca investir neste momento. Administradores de shoppings e imóveis concedendo carência, isenções de luvas, fornecedores de maquinários com parcelamentos a se perder de vista, bancos auxiliando com taxas reduzidas, entre tantas outras condições especiais para giro de mercado que farão com que a hora que o mercado retomar de vez (e sabemos que vai), o aquecimento seja ainda mais forte para o negócio que começou leve e na hora certa.

Além de tudo isso, sabemos que este é um momento crucial para a força de trabalho. O índice de investimentos tem aumentado também pelo fato de que há muita mão de obra qualificada que, infelizmente, se perdeu durante esta crise que nos invadiu. Trocando em miúdos, muita gente competente está desempregada e buscando novos formatos de atuação e receita.

Em outra esfera, falando para você investidor de bolsa, muitos brasileiros aprenderam da pior maneira possível que aplicar todo o capital em apenas uma classe de investimentos expõe o patrimônio a grandes riscos, sobretudo em cenários de oscilações econômicas. A crise da Covid que o diga, considerada o batismo de fogo para 1,2 milhão de brasileiros novatos na Bolsa.

Sabemos que não existe uma fórmula segura para diversificar a carteira de investimentos em momentos de crise e que a única forma de eliminar quase todo o risco da carteira é fazendo 100% das aplicações em uma Letra Financeira do Tesouro (LFT), como Tesouro Selic ou Renda Fixa Simples, no qual a liquidez é mínima e insatisfatória para a maioria dos investidores arrojados. Quem busca retornos mais atrativos sabe que o risco aumentará cada vez mais.

Dito tudo isso, fica claro que, o mercado por trás das péssimas e chocantes notícias pandêmicas disseminadas como um mantra pelas grandes mídias não tem parada. Sabemos que, apesar de toda mudança de hábitos de consumo, o mundo se restabelecerá e, se você pretende aproveitar e navegar em bons mares após esta tempestade, é importante saber que timing é tudo nos negócios e diante da pior crise, há sempre a melhor oportunidade.

Por Lucas Atanazio Vetorasso