Nos últimos anos, a tecnologia passou por um grande avanço e diversas novidades surgiram. Muitas delas, inclusive, são aplicadas no mundo corporativo e chegaram para ajudar. A fim de entender mais sobre o tema, o Nube – Estagiários e Aprendizes fez uma pesquisa e perguntou: “qual o impacto da Inteligência Artificial na sua carreira?”. Com dados coletados entre os dias 26 de fevereiro e 8 de março de 2024, o levantamento contou com a participação de 2.187 respondentes, de 15 a 28 anos de idade.
Nesse sentido, o analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, Hugo Domenech, contextualiza. “De acordo com o famoso pesquisador e neurocientista brasileiro, Miguel Nicolelis, a IA não é artificial, porque é criada por nós, é natural. Ainda, não é inteligente, pois essa é uma propriedade emergente de organismos interagindo entre eles e com o ambiente”.
Segundo Domenech, essa ferramenta se popularizou com o ChatGPT, em outubro de 2022, mas já era utilizada de outras formas, “seja no teclado do smartphone, sugerindo a próxima palavra quando está digitando um texto ou em ferramentas de marketing ao analisar os interesses nas redes sociais. Então, não é algo tão recente. Os processos de inovação constantes e exponenciais já conhecidos causam, de tempos em tempos, grandes revoluções. Esse é o início de uma delas e está longe do produto final”.
A maioria considera a Inteligência Artificial como aliada para o sucesso
Para a maior parte dos jovens, 37,40% (818), a IA veio para auxiliar e acelerar o sucesso profissional. “A carreira é um processo de acúmulo de conhecimento e experiências. Com as mudanças aceleradas, estar atualizado a tudo é desafiador. Essas soluções, principalmente aquelas com acesso à Internet, podem pesquisar, resumir e fornecer as fontes de informações pertinentes, deixando-o sempre ciente dos acontecimentos e tendências. Esses elementos são vitais para a manutenção do seu plano de desenvolvimento e o colocarão à frente de seus concorrentes”.
Muitas pessoas ainda não sabem das consequências dessa novidade
Outra grande parcela, 25,47% (557), não estão muito familiarizados com o tema. “Em sua palestra no South by Southwest (SXSW), a CEO do Future Today Institute, Amy Webb destacou três questões fundamentais para os negócios atuais: Inteligência Artificial, Ecossistemas Conectados das Coisas e Biotecnologia”, relembra o especialista. Conforme esses aspectos convergem, redefinirão a relação da sociedade com tudo, desde os bancos até os animais.
Boa parte considera a IA positiva para reduzir processos repetitivos no cotidiano
Essa foi a resposta escolhida por 19,75% (432). “Com os processos repetitivos automatizados, teremos mais tempo para investir nas relações humanas e criativas, melhorando o ambiente de trabalho e aperfeiçoando cada vez mais nossos mecanismos. Isso torna as empresas eficientes e os colaboradores felizes. Para mim, em um futuro próximo, a diminuição da carga horária é uma possibilidade a se pensar”, aconselha o profissional.
Alguns têm medo de perder vagas para a tecnologia
Já 8,87% (194) carregam esse receio. Para o analista do Nube, isso continua sendo determinante. “Se a Inteligência Artificial pode ajudar com atividades repetitivas, um cargo sem interação social nem criatividade para ser executado, pode sofrer algumas mudanças. Por isso, é tão importante se atualizar e conhecer de perto essas ferramentas conforme elas surgem. No imaginário popular, os computadores acabarão com os empregos. Isso está longe de acontecer, mas se a tecnologia não para de evoluir, os colaboradores devem seguir esse movimento”.
Logo, é bom ver o lado positivo
Apenas para 186 dos entrevistados (8,50%), a IA substituirá as pessoas. Entretanto, isso não deve acontecer, pois os programas assumirão demandas mais simples, deixando os colaboradores com a parte principal. “A análise de indicadores em larga escala para uma tomada de decisão acertada e mais tempo para investir na gestão da equipe são alguns dos benefícios de imediato trazidos por essa inovação”.