Em reunião online do Conselho de Desenvolvimento da RMC (Região Metropolitana de Campinas) desta quarta-feira (21/06), o prefeito novaodessense Cláudio José Schooder (o Leitinho) pediu a mobilização das Câmaras Temáticas de Saúde e de Meio Ambiente para debater a viabilidade da realização de ações de bloqueio biológico do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa, e/ou o manejo reprodutivo das capivaras.

“Queremos saber se a aplicação de um ‘inseticida’ biológico pode diminuir a presença do carrapato-estrela sem prejudicar o meio ambiente. Também é importante saber se temo como fazer um manejo da população de capivaras que não envolva o abate delas, que é proibido e iria contra nossa defesa da natureza. Mas essa possibilidade do manejo populacional através da castração é uma possibilidade interessante, vamos aguardar agora o estudo dos técnicos das 20 prefeituras”, comentou Leitinho após a reunião.

Em Campinas, segundo o prefeito Dário Saadi, a Prefeitura já iniciou um estudo neste sentido, baseado na eventual vasectomia e laqueadura de capivaras machos e fêmeas existentes em áreas verdes urbanas, que deve agora ser regionalizado e estendido às demais cidades da metrópole. A justificativa é que capivaras adultas são naturalmente menos suscetíveis a serem hospedeiras da bactéria causadora da febre maculosa.

AÇÕES

O prefeito de Nova Odessa também reforçou as medidas que vêm sendo tomadas desde antes do surto em uma fazenda de Campinas que sediou grandes eventos entre o final de maio e início de junho, que assustou e chamou a atenção da população da região para os riscos da febre maculosa.

Entre as medidas em andamento em Nova Odessa, estão a instalação de mais placas de alerta em áreas de risco para a presença de capivaras e carrapatos-estrela (que são todas ás áreas verdes ribeirinhas do município), a intensificação do cronograma de poda da vegetação do entorno das represas e avenidas da cidade, a produção e distribuição de panfletos educativos em creches, escolas e campos de futebol, e o reforço das orientações aos profissionais de Saúde.

Os técnicos que falaram na reunião dos prefeitos da RMC foram unânimes em reafirmar que o papel das equipes de enfermeiros e médicos das redes pública e privada de Saúde é fundamental para evitar agravamentos e óbitos de pessoas contaminadas pela febre maculosa – que tem tratamento razoavelmente eficaz se aplicado em até três dias a partir do início dos sintomas da doença.

Isto porque os sintomas da febre maculosa são muito similares aos da dengue e da Covid-19, por exemplo – são todas doenças febris que causam dores no corpo. Para que o médico avalie a possibilidade de febre maculosa, é essencial que os pacientes informem e sejam questionados, desde o início do atendimento, se estiveram em áreas verdes nos últimos 15 dias (o período máximo de incubação da bactéria no corpo humano).

Desde a semana passada, inclusive, a Vigilância Epidemiológica de Nova Odessa vem se reunindo com as equipes da Rede Municipal de Saúde e repassando passo a passo o protocolo de atendimento a casos suspeitos.

ÁREAS DE RISCO EM NOVA ODESSA

Os locais de risco para a presença do carrapato-estrela correspondem às áreas ribeirinhas da cidade, ao longo do Ribeirão Quilombo e dos córregos Palmital, Capuava e Recanto. São elas:

• Chácara no Bairro Las Palmas

• Captação de Água da Coden – Represa Recanto 1

• Captação de Água do Jardim São Jorge

• Estrada do Recanto

• Fazenda Vale Rico

• Represa Recanto 3 – Fazenda Velha

• Pesqueiro no Jardim Nossa Senhora de Fátima

• Rua Guadalajara – Jd. São Jorge/Picerno

• Chácara Recanto Solar

• Represa Recanto – Vale dos Lírios

• Área verde da Rua Alexandre Bassora e suas pontes sobre o Ribeirão Quilombo (Santa Luiza x Fadel e Triunfo x São Jorge)

Saiba mais sobre a doença e a situação da cidade em http://www.novaodessa.sp.gov.br/NoticiasConteudo.aspx?IDNoticia=23694.