No primeiro trimestre de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho no Brasil chegou a 27,7 milhões de pessoas que se dividem entre desempregados, subocupados, desalentados e pessoas que não podem assumir uma vaga de trabalho no momento. O dado revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresenta o maior número de subtitulados desde 2012, quando a consulta foi criada.

Este cenário desafiador e incerto de desemprego, faz surgir uma maior procura por ferramentas que ajudam na recolocação profissional, e uma delas são as redes sociais, mais precisamente o LinkedIn, ??? presente em 200 países, conta com 500 milhões de usuários no mundo e 45 milhões no Brasil ??? que se tornou o principal espaço para o desenvolvimento de projetos, divulgação de artigos e estímulo de contatos profissionais.

Com o objetivo de intensificar a construção de uma interação mais próxima entre candidatos a vagas de emprego e headhunters ou profissionais de Recursos Humanos no LinkedIn, a consultora e diretora da empresa Leaders HR-Consultants, Astrid Vieira aponta algumas funções da plataforma e as principais atitudes que devem ser tomadas por parte dos profissionais, para que consigam notoriedade e visibilidade dentre os recrutadores.

Astrid explica que uma pequena parcela das pessoas se habituaram a acessar e fazer uso das ferramentas do LinkedIn de maneira cotidiana, mas que a inclusão na rede vem aumentando.  ???Trabalho há mais de 20 anos com profissionais que estão desempregados e nos últimos anos realizo workshops sobre o LinkedIn. O que percebo claramente é que a rede social se tornou mais um grande instrumento na área de recolocação, pois contribui de forma direta para a geração de contatos profissionais consistentes e eficientes???, afirma.

Segundo a consultora, apesar do aumento do uso dessa rede social, alguns recursos ainda são pouco conhecidos pela maioria dos usuários no Brasil. ???Algumas pessoas veem a plataforma como uma forma de divulgação de currículo, outras já sabem interagir nos grupos do LinkedIn, mas a maioria ainda não sabe usar a rede social para a busca de uma nova colocação profissional???, pontua.

De acordo com Astrid Vieira, as pessoas que procuram transformar o perfil do LinkedIn em um currículo, podem fazer uso da ferramenta Resume Builder. Além desse recurso, a rede social também dispõe de outros aplicativos e abas funcionais, que podem facilitar a divulgação de qualificações profissionais e a interação assertiva entre usuários. ???No interior da plataforma é possível criar uma assinatura de e-mail personalizada a partir do perfil do usuário; desenvolver e divulgar um portfólio digital por meio da ferramenta Creative Portfolio Display; criar um ???espelho??? do perfil do usuário em outra língua; personalizar a URL do perfil de usuário para que a mesma se torne mais informativa e direta; e publicar conteúdo autoral, como textos e artigos???, explica.

Astrid ressalta que o LinkedIn também permite a segmentação e organização de contatos, por meio do uso da aba ???Conexões???; a busca por vagas de emprego na área de formação do candidato, por meio do uso da aba ???Empregos???; e a inserção de palavras-chave relacionadas a área de trabalho do candidato. ???O LinkedIn também é uma ferramenta de buscas baseada em palavras-chave. Então, quanto mais o usuário fizer uso de palavras-chave relacionadas a sua área de trabalho, maiores serão as possibilidades do seu perfil ser encontrado por algum recrutador???, explica.

A consultora também alerta que é preciso lembrar que o LinkedIn é uma rede social com foco corporativo, assim os usuários devem manter seus perfis atualizados, evitar qualquer tipo de menção a sua vida pessoal e priorizar o bom uso da língua portuguesa. ????? importante construir um perfil assertivo e interativo. Essa ferramenta é o ambiente ideal para a exposição de projetos, divulgação de artigos e fomentação de contatos profissionais???, esclarece.