A economia vem reagindo e reaquecendo o mercado imobiliário. Estimativa  da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) aponta que o financiamento para imóveis originários da poupança deve crescer 15% em 2018.

E, para quem pretende financiar, o momento é apropriado, segundo o professor de Economia da IBE-FGV, Marcos Fontes, especialista em crédito imobiliário e construção civil.
Tem a queda da taxa básica de juros, a Selic, que fechou o ano passado em 7% e deve continuar caindo. As mudanças no programa Minha Casa Minha Vida que anunciou recursos para mais 800 mil moradias e a retomada da linha de financiamento habitacional Pró-Cotista, pela Caixa Econômica Federal, também são bons motivos para comprar.
???Caso o proponente se enquadre nas condições, a vantagem é ainda maior. O valor do financiamento pode ser de até 80% do imóvel, já que a taxa é muito vantajosa???, recomenda Fontes.
Segundo o professor, existe uma tendência para os próximos meses de valorização do preço dos imóveis. ???Portanto, quem comprar agora, que existem bons descontos no mercado, vai fazer bom negócio???, afirma ele.
Para Alexandre Moura, sócio-diretor da FIX Construtora, as mudanças das condições econômicas devem reaquecer o setor imobiliário, oferecendo melhores condições para a população que busca sair do aluguel. ???Esse mercado já demonstra sinais de melhora com vendas acima do mesmo período do ano passado???.
Marcos Fontes reitera que se agora é bom para comprar com a queda dos juros e consequentemente do preço dos imóveis, sair do aluguel é fundamental. ???Se há uma tendência de alta nos preços dos imóveis, consequentemente, a tendência é subir o aluguel também???.
Minha Casa
Segundo o governo federal, a missão de tornar realidade o sonho da casa própria tem sido cumprida com êxito pelo programa Minha Casa Minha Vida. Em 2017, o programa entregou, até outubro, 373.850 unidades habitacionais para famílias de todo o Brasil.
Em 2018, o número deve crescer ainda mais. Por meio do programa Agora, é Avançar, serão realizadas 800 mil novas contratações de unidades habitacionais para o Minha Casa Minha. Para a Faixa 1 (renda até R$ 1,8 mil), serão 150 mil casas; as outras 650 mil, para a Faixa 2 (renda de até R$ 4 mil).
Outras medidas, como a que libera as famílias com crianças que tenham microcefalia do sorteio, a ampliação do teto de financiamento de R$ 240 mil para R$ 300 mil e a exigência de que os novos empreendimentos sejam construídos perto de centros urbanos, também contribuíram para melhorar a eficiência do programa.