Uma empresária de Sumaré acusa policiais militares de agredir seu cachorro com golpes de cassetete e spray de pimenta, na semana passada, durante o atendimento a uma ocorrência no terreno de sua empresa. A proprietária, que pediu para não ser identificada, disse que teve de se jogar entre o cachorro da raça pitbull e os militares quando um deles estava com a pistola apontada para o animal.

De acordo com a empresária de 26 anos, a PM (Polícia Militar) foi chamada após uma briga entre dois ex-funcionários no terreno da empresa, na quinta-feira passada. “Uma ex-funcionária discutiu com outro ex-funcionário, o cunhado dela, quando foram pegar a rescisão. Ela chamou ele de ‘fofoqueiro’ e ligou para a PM dizendo que havia um foragido da Justiça na empresa”, explicou a denunciante.
Segundo ela, o ex-funcionário estava em liberdade condicional, comparecia ao Fórum e tinha a situação regular com o Judiciário. “Chegaram duas viaturas da polícia. Enquanto a gente explicava a situação para um policial no escritório, outros dois foram na lateral da empresa. Eu percebi a movimentação e quando cheguei já tinham jogado spray de pimenta, batido de cassetete e um deles estava com a arma apontada para ele”.
O cão Max, da raça pitbull, tem 3 anos e estava amarrado com uma corrente, segundo ela. “Eu entrei na frente deles, peguei ele no colo e entrei em desespero. O policial falava pra mim ‘ia atirar nesse monstro porque tem que aprender a usar focinheira’ (…) Ele estava pingando pimenta”. A empresária afirma que não fez registro de boletim de ocorrência ou procurou a PM após o acontecido. “Tenho medo de tentarem matar ele (cachorro) agora. O veterinário disse que ele está com traqueobronquite e teve dificuldade para comer depois do spray”. A Assessoria de Imprensa da Polícia Militar foi procurada às 18h de ontem e informou que encaminhará a denúncia ao Comando da PM de Sumaré.
TODODIA