O jogador Neymar movimentou as redes sociais ao anunciar no Twitter que vai começar a carreira musical na quarta-feira, 14 de setembro, lançando a primeira música na página oficial do jogador no Facebook. Essa jogada, de craque do futebol brasileiro ser cantor, é antiga e quase sempre o lance no campo musical resulta em bola fora. Começou em 1969, quando Pelé ??? então no auge da forma como jogador ??? resolveu ser cantor e compositor. Pior: botou pressão na cantora Elis Regina (1945 ??? 1982), craque da voz, para gravar no disco dele. O título de umas músicas, Vexamão, resumiu a tabelinha musical entre o rei da bola e a rainha do canto. Só que Pelé é brasileiro, nunca desiste da carreira musical e eventualmente volta a campo como cantor perna-de-pau, tendo lançado este ano single com pagode inspirado pelos jogos Rio 2016. Houve casos mais bem-sucedidos. Em 1982, ano de Copa do Mundo, Junior caiu no samba com êxito ao gravar Voa, Canarinho, voa, um dos hits daquele ano. Mas a carreira musical do craque não foi desenvolvida com regularidade, apesar do certeiro pontapé inicial. Há 20 anos, em 1996, Ronaldo Giovanelli, jogador projetado como goleiro do Corinthians, montou a banda de rock Ronaldo e os Impedidos, obtendo relativo sucesso num primeiro momento. Movido pela paixão pelo rock, o ex-jogador reativou a banda neste ano de 2016 e lançou o EP Onde está o rock???n???roll?, terceiro título da discografia do grupo, ora convocado com outra escalação. Ronaldinho Gaúcho também entrou em campo como cantor este ano, gravando a música Tô solteiro de novo com Wesley Safadão no DVD que o astro do forró vai lançar em breve. Ou seja, Neymar também vai ter que driblar a concorrência na carreira musical se quiser fazer gol na área fonográfica.
(Do G1, por Mauro Ferreira)