Existem pessoas que são muito altas, outras muito magras, as que são um pouco gordinhas… Essas diferenças são externas e não dizem absolutamente nada sobre a capacidade de cada pessoa – da mesma maneira em que essas diferenças não podem e nem deveriam afetar a estima de cada um.
Quando a aparência física começa a abalar a auto-estima de um profissional, já começam a surgir estados de crenças sobre o que o outro pensa sobre si mesmo. Para a Master Coach, Bianca Caselato, este pensamento pode nascer na aparência mas no final das contas tem origem sobre o fato da pessoa gostar ou não de si mesma:
“A velha história de ficar pensando que está um pouco gordinha e não estar satisfeita com o que tem. Isso gera pensamentos sobre o que o outro está pensando sobre mim e afeta diretamente a felicidade e paz de espírito”.
A especialista afirma que esses medos são frutos de uma sociedade que, infelizmente, valoriza corpos bem trabalhados, a juventude aparente e uma série de fatores que não necessariamente condizem com o que a pessoa é.
Aceitar para mudarPara Bianca, só existe uma solução para que essa pessoa possa demonstrar o seu talento quando não está bem com ela mesma: buscar o autoconhecimento. Em muitas oportunidades, a própria Bianca Caselato atendeu profissionais extremamente talentosos que não possuíam o chamado corpo perfeito e precisou começar a trabalhar a auto-estima:
“O resgate começa no ponto em que esta pessoa se perdeu dela mesma. Eu tenho uma cliente que é veterinária e está passando por um processo desse porte. Quando questionada sobre quando ela se perdeu dela mesma, a resposta que recebei foi de que ela não se sentia uma boa profissional, se sentia ultrapassada, apesar de sempre ter sido uma excelente veterinária. No final das contas, a crise aconteceu quando essa pessoa deixou que os demais pensassem como ela mesma se imaginava.” completa Bianca.
E esse é um pensamento perigoso e mentiroso. Em um ambiente de trabalho vai desta pessoa se sentir bem consigo mesma para seguir adiante. Se um profissional está acima do peso, é preciso analisar qual é o sentimento dela com relação à isso. Essa segurança no ambiente de trabalho vai se manter quando essa pessoa sabe que é boa independente do seu estado físico ou se está com ou sem maquiagem.
Mudando a mentalidadeA Master Coach finaliza explicando que a melhor saída – além da auto-estima da própria pessoa – é a mudança da mentalidade daqueles que vivem de aparência e se preocupam muito com o que o outro pensa:
“O que as outras pessoas pensam é importante e acredito que a gente tem nossos feedbacks para crescer e evoluir, mas o que o outro sente ou o julgamento que o outro faz ao meu respeito pouco importa. Dentro do trabalho, você precisa dosar essa questão. Não é uma tarefa fácil e requer muito autoconhecimento e alta estima.” conclui Bianca.
Foto: Hillyne/Divulgação
Sobre Bianca CaselatoBianca Caselato é Master Coach formada em Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior pela Faculdade de Estudos Sociais do Paraná- FESP.