Porque a humanidade se permite envolver-se num sentimento de união e fraternidade, a atmosfera do planeta se altera para melhor. O Natal, mais do que simplesmente uma data, renova na humanidade a centelha divina do amor e gera um estado de espírito que, independentemente de qualquer outra circunstância, inclusive religiosa, alcança toda humanidade.
Como que envolvido por um sentimento mágico o homem se conecta com o amor, que está em toda parte, fazendo fluir essa energia simplesmente ao oferecê-la ao seu semelhante.
A atmosfera do planeta se altera para melhor porque reina o sentimento de fraternidade! E este momento propicia a reflexão no sentido de que “apesar das dificuldades, das asperezas do mundo, os homens procurando fazer dos ensinamentos de Jesus a sua diretriz, a despeito de tudo, serão sempre amparados, pois caminham com fé para o reino da Verdade!” (A Diretriz, Irmão Alpe, psicografia Tereza de Barros Fonseca – 19/10/1999, Casa de Estudos Espírita Dr. Alberto Seabra).
Ora, o ponto de equilíbrio de qualquer pessoa está nas lições éticas, morais e espirituais deixadas por Jesus, que exemplificou a maneira de como devemos viver e anunciou que a Lei e os profetas estão resumidos nos mandamentos: “Amar ao próximo como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas” (Mateus 22:37-39).
Como disse Emmanuel, cujo significado é: Deus está no conosco: “?? por isso que o Natal não é apenas a promessa da fraternidade e da paz que se renova alegremente, entre os homens, mas, acima de tudo, é a reiterada mensagem do Cristo que nos induz a servir sempre, compreendendo que o mundo pode mostrar deficiências e imperfeições, trevas e chagas, mas que é nosso dever amá-lo e ajudá-lo mesmo assim”.
Por isso, ainda lembrado de Emanuel, o “Irmão, que ouve no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos, recorda que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros. Natal! Boa Nova! Boa Vontade!” (Emanuel, psicografia Chico Xavier, Fonte Viva, lição 180).
Para que a mensagem evangélica de Jesus e o sentimento do Natal sejam uma constante em nossas vidas, em qualquer situação e todos os dias, devemos buscar a autoconscientização e a comunhão com os valores do Bem, bem como compreender que ajudamos na construção da fraternidade universal quando trazemos dentro nós a certeza de que o Amor está em primeiro lugar.
Que todos os dias seja Natal…
Paulo Eduardo de Barros Fonseca é Vice-Presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.