Em ‘Como Matar a Borboleta Azul’, a autora Mônica Baumgarten trata do ‘fetiche’ do governo Dilma e como esse afã por um tema único e seguido por decisões erradas que levaram o Brasil à atual crise. 
O título evoca uma praga de coelhos que ameaçou destruir as plantações em fazendas no interior da Inglaterra, nos anos 70. A solução encontrada pelo governo foi espalhar um vírus que dizimou os coelhos. A diminuição da população de coelhos provocou o aumento das ervas daninhas, que por sua vez destruíram a grama que alimentava as formigas. As formigas protegiam os ovos da borboleta-azul: sem formigas, a espécie desapareceu.
O governo Omar Najar (PMDB) tem um fetiche positivo em Americana- ajustar as contas. Mas parece que o governo sente que este fetiche basta. E não. O jeito que se trata o servidor público- quase um inimigo da prefeitura (e do ‘povo’, eleitor e que faz a cabeça da turma) é hoje o sinal mais claro dos erros da administração.
A eleição com 84 mil votos em outubro aparentemente da ao prefeito plenos poderes para arrumar a casa. Mas Omar 2016 perdeu quase 8 mil votos para o Omar 2014. Queda de quase 10%. 
O governo que vai começar em janeiro, eleito em pleito regular, terá a oportunidade de inovar, mas não é o que tem sido sinalizado. O ‘semi’ escândalo do secretário de negócios jurídicos Alex Niuri é só mais um indicador de que o caminho parece não contemplar a demanda da maioria dos eleitores que aprovaram a curta gestão Omar.